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Pfizer vai desenvolver vacina em pó contra o coronavírus

Fórmula não precisará ser mantida em temperaturas ultrabaixas, como a versão líquida do imunizante, e poderá ser administrada sem seringas

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Aaron Chown – WPA Pool/Getty Images
vacina covid-19 Dose da Pfizer
1 de 1 vacina covid-19 Dose da Pfizer - Foto: Aaron Chown – WPA Pool/Getty Images

A farmacêutica norte-americana Pfizer está preparando uma versão em pó de sua vacina contra a Covid-19. Além de não precisar ser mantida em temperaturas de até -70°C, como a versão líquida, o imunizante poderá ser administrado por inalação ou via intranasal. A informação foi dada por Mikael Dolsten, diretor científico da empresa, em entrevista ao site de notícias Business Insider.

A vacina de segunda geração da Pfizer será desenvolvida a partir da tecnologia de liofilização, na qual a água é removida para transformar o líquido em pó. Uma das principais vantagens dessa versão seria a possibilidade de armazenamento, já que a vacina em pó precisaria apenas de refrigeração padrão, com temperaturas entre 2°C e 8°C (o mesmo encontrado em geladeiras comuns). A previsão é de que a nova fórmula esteja disponível em 2022.

A facilidade de armazenamento seria benéfica para países que não possuem a estrutura necessária para manter o imunizante em condições ideais, como é o caso do Brasil. Em dezembro de 2020, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal emitiu um alerta revelando que o Núcleo de Rede de Frio, responsável pelo estoque seguro dos imunobiológicos, já estava com a capacidade “comprometida”.

No início do ano, o Terminal de Cargas do Aeroporto de Brasília anunciou novas câmaras frias para receber vacinas contra a Covid-19 e imunizantes em geral. O espaço tem capacidade para cargas que exijam controle de temperatura que variam de -22°C a -16°C, de 2°C a 8°C e de 15°C a 25°C — o que não incluiria o imunizante da Pfizer.

Se o desenvolvimento da nova versão for bem-sucedido, a Pfizer pretende buscar “uma autorização ou licença separada para essa apresentação, ou uma expansão da autorização inicial ou licença para cobrir uma formulação liofilizada”, de acordo com nota técnica divulgada pela empresa.

Até agora, a Pfizer não entrou com pedido de uso emergencial ou de registro da vacina junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os dados da fase final de estudos do imunizante, contudo, já foram enviados à agência reguladora.

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