Pfizer e BioNTech querem vacinar adolescentes de 12 a 15 anos nos EUA
Testes clínicos mostraram que o imunizante tem 100% de eficácia na prevenção da Covid-19 entre esta faixa etária. FDA analisará o pedido
atualizado
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Na última sexta-feira (9/4), as farmacêuticas Pfizer e BioNTech solicitaram à Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos a autorização para dar início a imunização de adolescentes de 12 a 15 anos de idade. O pedido foi feito alguns dias após a divulgação de testes clínicos que demonstraram que a vacina contra o coronavírus desenvolvida pelas empresas é 100% eficaz na prevenção da Covid-19 nessa faixa etária.
A pesquisa que corroborou o resultado envolveu 2.260 adolescentes de até 15 anos, divididos entre o grupo que recebeu a vacina e o que recebeu uma injeção com placebo. Nenhum voluntário que recebeu a vacina foi diagnosticado com a doença após a imunização. No grupo de controle, houve 18 casos positivos.
Por enquanto, a vacina só é permitida nos Estados Unidos para pessoas com 16 anos ou mais. Em uma rede social, Janet Woodcock, comissária interina da FDA, afirmou que o pedido será analisado “o mais rápido possível”, mas não deu previsão para a avaliação dos dados.
Segundo informações da agência Reuters, não haverá reunião do conselho consultivo independente da FDA para avaliar a questão. Por enquanto, somente as vacinas da Moderna e da Johnson & Johnson estão sendo testadas em pessoas de 12 a 18 anos nos EUA. Contudo, ainda não há dados sobre estas pesquisas.
Os testes em crianças de 6 meses a 11 anos com o imunizante Pfizer/BioNTech começaram em março. Os estudos avaliarão a segurança, tolerabilidade e imunogenicidade do medicamento entre voluntários de 5 a 11 anos, 2 a 5 anos e 6 meses a 2 anos. Os laboratórios Oxford/AstraZeneca, Sinovac Biotech (CoronaVac) e Moderna também já começaram a avaliar os resultados das vacinas em crianças e adolescentes.
Veja como são as etapas de estudo das vacinas contra a Covid-19: