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Pessoas com sobrepeso que se exercitam têm “gordura mais saudável”

Estudo feito na Universidade de Michigan (EUA) mostra que a prática regular de exercícios pode tornar a gordura abdominal mais saudável

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1 de 1 Mulher de perfil fazendo abdominal - Metrópoles - Foto: Getty Images

Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, mostra que nem toda gordura abdominal é igual. Pessoas com sobrepeso ou obesidade que se exercitam regularmente apresentam uma gordura “mais saudável” na barriga em comparação às que não praticam atividades físicas.

Os benefícios são observados especificamente entre aqueles que praticam exercícios de resistência, como corrida, ciclismo e yoga, há dois anos ou mais. A descoberta foi publicada na terça-feira (10/9), na revista Nature Metabolism.

“Nossas descobertas indicam que, além de ser um meio de gastar calorias, praticar exercícios regularmente por vários meses ou anos parece modificar o tecido adiposo permitindo que você armazene sua gordura corporal de forma mais saudável se ou quando tiver algum ganho de peso — como acontece com quase todo mundo à medida que envelhecemos”, afirmou o principal autor do estudo, Jeffrey Horowitz, que é especializado na ciência do movimento .

Gordura “mais saudável” em pessoas que se exercitam

O estudo contou com a participação de 52 adultos com sobrepeso ou obesidade. Eles foram separados em dois grupos, entre os que se exercitavam regularmente (24 pessoas) e os que não se exercitavam (28 pessoas).

Os integrantes do primeiro grupo afirmaram praticar exercícios de resistência pelo menos quatro vezes por semana, há um período mínimo de dois anos.

Ao comparar amostras de tecido adiposo da barriga de 32 participantes com porcentagem de gordura corporal semelhante, os pesquisadores se surpreenderam com os resultados.

As pessoas fisicamente ativas tinham uma combinação de fatores indicativos de que o corpo está depositando gordura no abdômen de forma mais saudável. Entre eles: depósitos de gordura entre a pele e os músculos do abdômen, mais vasos sanguíneos na localidade, menos células causadoras de inflamação e menor quantidade de colágeno associado a problemas no metabolismo.

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Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Tohoku, no Japão, mostra que entre 30 e 60 minutos de exercícios de fortalecimento muscular por semana é o suficiente
De acordo com os resultados da pesquisa, o risco de morte prematura entre as pessoas que se movimentam é entre 10% e 17% menor do que o verificado em pessoas sedentárias
Exercícios que utilizam o peso do próprio corpo, como a musculação e a prática de esportes, são algumas das recomendações. Além disso, atividades como Tai chi e ioga são indicadas para fortalecer ossos e músculos
Manter o corpo ativo ajuda ainda a melhorar resultados da menopausa, de períodos pós-operatório e pode ajudar a prevenir fraturas nos ossos, por exemplo. Além disso, auxilia no aumento da energia, e melhora o humor e o sono
Segundo especialistas, pessoas que se exercitam por, ao menos, meia hora na semana demonstram redução do risco de morte, doenças cardíacas e câncer. Uma hora semanal de atividades de fortalecimento muscular também foi relacionada à diminuição do risco de diabetes
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Exercícios que fortalecem os ossos e os músculos são essenciais para evitar doenças e demais problemas de saúde. Além de melhorar o equilíbrio, exercitar-se ao menos duas vezes por semana é um dos segredos para prolongar a expectativa de vida e envelhecer melhor

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Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Tohoku, no Japão, mostra que entre 30 e 60 minutos de exercícios de fortalecimento muscular por semana é o suficiente

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De acordo com os resultados da pesquisa, o risco de morte prematura entre as pessoas que se movimentam é entre 10% e 17% menor do que o verificado em pessoas sedentárias

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Exercícios que utilizam o peso do próprio corpo, como a musculação e a prática de esportes, são algumas das recomendações. Além disso, atividades como Tai chi e ioga são indicadas para fortalecer ossos e músculos

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Manter o corpo ativo ajuda ainda a melhorar resultados da menopausa, de períodos pós-operatório e pode ajudar a prevenir fraturas nos ossos, por exemplo. Além disso, auxilia no aumento da energia, e melhora o humor e o sono

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Segundo especialistas, pessoas que se exercitam por, ao menos, meia hora na semana demonstram redução do risco de morte, doenças cardíacas e câncer. Uma hora semanal de atividades de fortalecimento muscular também foi relacionada à diminuição do risco de diabetes

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A massa muscular e óssea do corpo humano atinge o pico antes dos 30 anos. A partir dessa idade, começa um decaimento natural, ou seja, indivíduos que começam a se exercitar na juventude terão aumento da força óssea e muscular ao longo da vida

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Pessoas que se exercitam depois dos 30 anos reduzem a queda natural do corpo, conseguem preservar a força óssea e muscular e vivem muito melhor

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Em um segundo teste, os pesquisadores observaram que os praticantes de exercícios físicos regulares tinham maior crescimento de vasos sanguíneos no tecido adiposo isolado da barriga, bem como maior capacidade de armazenamento de lipídios, indicando melhor sensibilidade à insulina.

Na prática, significa que as pessoas que se exercitam regularmente apresentam maior capacidade de fornecimento de oxigênio e nutrientes nos vasos sanguíneos do tecido adiposo, mesmo quando as células de gordura estão aumentadas.

Constância nos exercícios físicos

Os pesquisadores destacam que os benefícios são mais consistentes entre as pessoas que incorporam os exercícios físicos à rotina a longo prazo.

“Comparado com nosso estudo anterior, no qual examinamos os efeitos de três meses de treinamento no tecido adiposo, geralmente vemos que essas diferenças são mais robustas em pessoas que se exercitam regularmente por anos em comparação com aquelas que não se exercitam”, explicou Horowitz.

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