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Pessoas que fazem dieta superestimam hábitos alimentares, diz estudo

Para especialistas, superestimar a percepção da saúde pode levar ao ganho de peso e frustração por não atingir os objetivos pessoais

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comida saudável e medidor de pressão em fundo azul
1 de 1 comida saudável e medidor de pressão em fundo azul - Foto: GettyImages

Ao começar uma dieta, muitas pessoas têm a percepção de que estão mais saudáveis. No entanto, um novo estudo feito no Pitt Public Health, escola de saúde pública da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, mostra que em 75% dos casos os indivíduos superestimam a própria saúde e os hábitos alimentares quando mudam para uma rotina mais saudável.

Os resultados da pesquisa preliminar serão apresentados no congresso American Heart Association’s Scientific Sessions 2022, que ocorre em Chicago, nos Estados Unidos, no próximo sábado (5/11).

“Descobrimos que, embora as pessoas geralmente saibam que frutas e vegetais são saudáveis, pode haver uma desconexão entre o que pesquisadores e profissionais de saúde consideram uma dieta saudável e equilibrada em comparação com o que o público pensa”, afirma Jessica Cheng, principal autora do estudo e pesquisadora em epidemiologia na Harvard TH Chan School of Public Health e em medicina interna geral no Massachusetts General Hospital, ambas nos EUA.

A conclusão veio após a análise das dietas de 116 adultos com idades entre 35 e 58 anos. Todos os participantes tiveram encontros com um nutricionista e foram orientados a registrar tudo o que comiam e bebiam ao longo de um ano no aplicativo Fitbit. Além disso, eles se pesavam diariamente e usavam um relógio inteligente para registrar a prática de atividade física.

Melhores dietas para perda de peso

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<b>Dieta Vegana</b> A dieta vegana retira qualquer alimento de origem animal do cardápio: nada de manteiga, ovos ou whey protein. Aqui, a alimentação é composta basicamente por frutas, vegetais, folhagens, grãos, sementes, nozes e legumes. Para quem quer perder peso, a dica é aproveitar que a dieta já é considerada mais saudável por evitar gorduras animais e ter menos calorias, e controlar as quantidades de cada refeição
<b>Dieta Volumétrica </b> – Criada pela nutricionista Barbara Rolls, a ideia é diminuir a quantidade de caloria das refeições, mas mantendo o volume de alimentos ingeridos. São usados alimentos integrais, frutas e verduras que proporcionam saciedade e as comidas são divididas pela densidade energética
<b>Dieta Flexitariana –</b> Sugere uma redução de até 70% do consumo de carne, substituindo a proteína animal por vegetais, frutas, sementes, castanhas e cereais. Com o regime, o organismo ficaria mais bem nutrido e funcionaria melhor. É recomendado começar trocando a carne vermelha por frango ou peixe e procurar um nutricionista para acompanhar a necessidade de suplementação de vitamina B12, encontrada em alimentos de origem animal
<b>Dieta Jenny Craig</b> A dieta é, na verdade, um programa de receitas e algumas refeições prontas, que enfatiza a alimentação saudável e mudança de comportamento. Há acompanhamento de consultores durante todo o processo para garantir que o paciente esteja motivado e informado sobre quantidades e as melhores escolhas. Há um cardápio exclusivo para pessoas com diabetes tipo 2 e um serviço extra de análise de marcadores no DNA para personalizar o tratamento
<b>Dieta Ornish</b> Criada em 1977 por um professor de medicina da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, o cardápio tem poucas gorduras, carboidratos refinados e proteínas animais. Os alimentos são categorizados em cinco grupos entre o mais saudável e o menos saudável, e é permitido consumir até 59ml de álcool por dia. O programa incentiva também a prática de meditação e ioga, além de exercícios de flexibilidade, resistência e atividades aeróbicas
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Vigilantes do Peso – O programa existe há mais de 50 anos e estabelece uma quantidade de pontos para cada tipo de alimento e uma meta máxima diária para cada pessoa, que pode criar o próprio cardápio dentro das orientações. Além disso, há o incentivo a atividades físicas e encontros entre os participantes para trocar experiências

Ola Mishchenko/Unsplash
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Dieta Vegana A dieta vegana retira qualquer alimento de origem animal do cardápio: nada de manteiga, ovos ou whey protein. Aqui, a alimentação é composta basicamente por frutas, vegetais, folhagens, grãos, sementes, nozes e legumes. Para quem quer perder peso, a dica é aproveitar que a dieta já é considerada mais saudável por evitar gorduras animais e ter menos calorias, e controlar as quantidades de cada refeição

Anna Pelzer/Unsplash
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Dieta Volumétrica – Criada pela nutricionista Barbara Rolls, a ideia é diminuir a quantidade de caloria das refeições, mas mantendo o volume de alimentos ingeridos. São usados alimentos integrais, frutas e verduras que proporcionam saciedade e as comidas são divididas pela densidade energética

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Dieta Flexitariana – Sugere uma redução de até 70% do consumo de carne, substituindo a proteína animal por vegetais, frutas, sementes, castanhas e cereais. Com o regime, o organismo ficaria mais bem nutrido e funcionaria melhor. É recomendado começar trocando a carne vermelha por frango ou peixe e procurar um nutricionista para acompanhar a necessidade de suplementação de vitamina B12, encontrada em alimentos de origem animal

Dose Juice/Unsplash
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Dieta Jenny Craig A dieta é, na verdade, um programa de receitas e algumas refeições prontas, que enfatiza a alimentação saudável e mudança de comportamento. Há acompanhamento de consultores durante todo o processo para garantir que o paciente esteja motivado e informado sobre quantidades e as melhores escolhas. Há um cardápio exclusivo para pessoas com diabetes tipo 2 e um serviço extra de análise de marcadores no DNA para personalizar o tratamento

iStock
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Dieta Ornish Criada em 1977 por um professor de medicina da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, o cardápio tem poucas gorduras, carboidratos refinados e proteínas animais. Os alimentos são categorizados em cinco grupos entre o mais saudável e o menos saudável, e é permitido consumir até 59ml de álcool por dia. O programa incentiva também a prática de meditação e ioga, além de exercícios de flexibilidade, resistência e atividades aeróbicas

Amoon Ra/Unsplash
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Dieta The Engine 2 Criada para prevenir doenças cardíacas, diabetes, Alzheimer e câncer, é baseada em um cardápio low carb e "forte em plantas". Segundo Rip Esselstyn, é basicamente uma dieta vegana com um "twist": aqui não entram óleos vegetais e o objetivo primário não é perder peso, apesar de um aumento na massa muscular ser comum entre os adeptos

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Dieta Mayo Clinic – Publicada em 2017 pelos médicos da Mayo Clinic, um dos hospitais mais reconhecidos dos Estados Unidos, o programa é dividido em duas partes: perca e viva. Na primeira etapa, 15 hábitos são revistos para garantir que o paciente não desista e frutas e vegetais são liberados. Em seguida, aprende-se quantas calorias devem ser ingeridas e onde encontrá-las. Nenhum grupo alimentar está eliminado e tudo funciona com equilíbrio

Rui Silvestre/Unsplash
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Dieta Crua Não é novidade, já que foi criada nos anos 1800, mas a dieta inclui, como o nome diz, alimentos que não foram cozidos, processados, irradiados, geneticamente modificados ou expostos a pesticidas ou herbicidas: até 80% do consumo diário deve ser baseado em plantas e nunca ser aquecido acima de 46 graus Celsius.

Marine Dumay/Unsplash
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Dieta Dash – A sigla significa, em português, Métodos para Combater a Hipertensão e foca não só em diminuir a quantidade de sódio ingerida, mas em alimentos ricos em proteínas, fibras, potássio, magnésio e cálcio. A dieta tem 20 anos e é reconhecida por várias publicações científicas pela eficiência em reduzir a pressão arterial e controlar o peso

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Com as informações, os pesquisadores calcularam a pontuação do Índice de Alimentação Saudável (HEI, na sigla em inglês) no início e final do estudo. O índice é uma medida que avalia o quanto um padrão alimentar se aproxima das Diretrizes Dietéticas para Americanos, do governo dos EUA, em uma escala de zero a 100. A pontuação se baseia em fatores como a frequência de ingestão de frutas, vegetais, grãos integrais e refinados, carnes e frutos do mar, sódio, açúcares e gorduras.

Os participantes foram convidados a fazer uma autoavaliação da própria dieta no início e no fim do estudo, atribuindo a cada um dos períodos uma pontuação de zero a 100. A diferença entre a pontuação inicial e final foi a mudança percebida na dieta. Para os pesquisadores, uma diferença de seis pontos ou menos entre a pontuação do HEI atribuída pelos pesquisadores e a pontuação percebida pelo participante foi considerada com “boa concordância”.

Percepção pessoal

Um em cada quatro participantes (25%) teve uma boa concordância entre as pontuações. Os demais (75%) tiveram uma concordância ruim, com a maioria acreditando ter uma pontuação muito superior à que os pesquisadores atribuíram a eles. Em média, as pontuações foram de 67,6 e 56,4, respectivamente.

Para especialistas, superestimar a percepção da saúde pode levar ao ganho de peso, frustração por não atingir os objetivos pessoais ou menor probabilidade de aderir a hábitos realmente saudáveis.

“Pessoas que tentam perder peso ou profissionais de saúde que estão ajudando pessoas com metas relacionadas à nutrição devem estar cientes de que provavelmente há mais espaço para melhorias na dieta do que o esperado”, concluiu Cheng.

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