1 de 1 Mulher dormir tarde insonia pessoa noturna
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Dormir tarde pode não ser prejudicial apenas para a qualidade do sono, mas também pode facilitar o desenvolvimento de diabetes. Segundo uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (12/9) na revista científica Annals of Internal Medicine, mulheres que dormem mais tarde têm 20% mais risco de desenvolver a doença.
A pesquisa foi feita por médicos da Universidade de Brigham, nos Estados Unidos, com 63,6 mil enfermeiras que tinham entre 45 a 62 anos — todas foram acompanhadas por sete anos, começando em 2009. As mulheres que se autopercebiam como “pessoas noturnas” eram 11% do total.
Não é só o próprio ciclo de sono que está associado à diabetes: as participantes noturnas também tinham tendência a beber mais álcool e praticavam menos exercícios do que as diurnas, que eram 35% das entrevistadas.
As pessoas intermediárias, que não se identificavam com nenhum dos extremos, tiveram índices piores que as diurnas, mas os pesquisadores não as consideraram estatisticamente relevantes. Segundo os cientistas, a investigação comprova os benefícios de dormir cedo.
“Quando tiramos da equação as participantes que tinham hábitos de vida diferentes, houve uma redução do risco de diabetes, mas ele ainda permaneceu. Isso significa que o ciclo de sono está sim relacionado ao quadro”, detalha a médica Sina Kianersi, líder do estudo, em comunicado publicado no site da universidade.
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Quando o assunto é qualidade do sono, é necessário implementar uma rotina saudável que garanta uma boa noite de descanso. Muitas vezes, a dificuldade para dormir ou acordar cedo, por exemplo, está relacionada aos hábitos cotidianos que devem ser corrigidos
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Uma noite de sono mal dormida interfere diretamente no humor e no desempenho das atividades do dia seguinte. Além disso, os níveis de irritabilidade, ansiedade e estresse podem aumentar significativamente
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Estudos mostram que o tempo ideal de horas de sono varia para cada pessoa, mas a média mundial é de seis a oito horas por noite. Durante o sono profundo, ocorre a liberação de hormônios importantes para a regulação do organismo
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Muitas pessoas têm sono ruim e nem percebem isso. Na dúvida, que tal adotar algumas técnicas conhecidas como "higiene do sono"?
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1. Crie uma rotina: procure deitar e levantar nos mesmos horários todos os dias, mesmo nos feriados e fins de semana
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2. Durma um pouco mais cedo a cada dia: aproveite o período próximo ao fim das férias para dormir cerca de 30 minutos antes do horário que estava acostumado a ir para a cama a cada dia, até chegar no horário ideal
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3. Levante-se se não conseguir dormir: saia da cama se tiver dificuldade de adormecer. Faça algo relaxante como respirar fundo, ouvir música suave ou ler um livro. Recomenda-se não ligar a televisão ou mexer no celular. Só retorne para a cama quando estiver sonolento
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4. Cama é para dormir: nunca use a cama para estudar, ler, ver TV, ficar no computador ou no celular. O corpo precisa entender que aquele é um ambiente de relaxamento
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5. Mantenha o quarto escuro: ter um quarto completamente escuro, sem luminosidade externa ou luzes de aparelhos eletrônicos facilita o sono
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6. Evite cochilos: limite cochilos diurnos a menos de uma hora de duração e até as 15h, para não prejudicar o sono da noite
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7. Evite alimentos e bebidas estimulantes entre quatro e seis horas antes de deitar. Na lista entram energético, chocolate, café, refrigerantes, chás do tipo preto, verde, mate e chimarrão
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8. Evite fazer exercícios físicos de alta intensidade nas três horas antes do horário programado para deitar. Eles podem deixar a pessoa muito alerta e atrapalhar o sono
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9. Diminua o ritmo: separe de 15 a 30 minutos antes de deitar para relaxar e diminuir o ritmo. Desligar-se de estímulos externos ajuda a sinalizar o cérebro de que é hora de dormir
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10. Evite bebidas alcoólicas e cigarro: eles também prejudicam o padrão do sono
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A pesquisa, porém, não pode determinar exatamente como o sono interfere no desenvolvimento da diabetes, apenas indicou que a relação existe — por isso, o levantamento deve ser ampliado em um grupo maior de pessoas noturnas.
“Se conseguirmos determinar uma ligação causal entre o cronotipo (sincronização dos ritmos circadianos) e a diabetes ou outras doenças, os médicos poderão adaptar melhor as estratégias de prevenção aos seus pacientes”, conclui Kianersi.
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