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Pesquisadores desvendam caso único de mulher incapaz de sentir dor

Cientistas do Reino Unido descobriram porque paciente inglesa de 74 anos não sente dor física e nem medo ou ansiedade

atualizado

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Idosa que não consegue sentir dor, incapaz de sentir dor - Metrópoles
1 de 1 Idosa que não consegue sentir dor, incapaz de sentir dor - Metrópoles - Foto: Pornchai Soda/Getty Images

A escocesa Jo Cameron, uma aposentada de 74 anos, é incapaz de sentir dor ou ansiedade. Seu caso foi estudado por mais de uma década por diferentes equipes médicas para entender a origem da tolerância à dor e isso servisse como modelo para a criação de novos analgésicos.

Os pesquisadores da University College London afirmam ter descoberto em Cameron uma mutação genética rara que permite a ela não sentir nenhum tipo de dor, se recuperar facilmente de feridas e não viver experiências de medo e ansiedade.

Resistir à dor parece um cenário ideal para muita gente, porém, é um pesadelo para ela. Embora tenha podido passar até por cirurgias sem usar anestesia, a idosa já se queimou, caiu e se feriu sem perceber.

“Achava que era só meu jeito de ser, nunca pensei que houvesse nada extraordinário até completar 65 anos, quando quase desintegrei meu quadril e fui ao hospital sem sentir dor nenhuma, mas com múltiplas fraturas”, afirmou Jo, em entrevista ao Daily Mail.

O artigo no qual os pesquisadores ingleses desvendam porque ela tem essa insensibilidade incomum foi divulgado na revista Brain, nesta quarta-feira (24/5). Segundo os autores, ela tem uma mutação chamada de FAAH-OUT, que funciona como um bloqueador de dor em nível molecular. A mutação impede que o sistema nervoso capte as informações de dor espalhadas pelo corpo.

Uso para remédios do futuro

Para os pesquisadores, compreender como o corpo dela funciona é o primeiro passo para desenvolver medicamentos futturos. “Entender como funcionam os genes da senhora Cameron nos permite entender como isso atua em um nível celular e abre possibilidades para pensarmos em remédios que possam melhorar a vida de muitas pessoas”, afirmou James Fox, um dos autores do estudo, em um comunicado da universidade.

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