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Pesquisadores descobrem por que a Ômicron mata menos que outras cepas

Cientistas apontam que Ômicron é mais facilmente inibida pela resposta de interferon, uma proteção imunológica presente em células do corpo

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Ilustração coronavírus em fundo vermelho
1 de 1 Ilustração coronavírus em fundo vermelho - Foto: Yanka Romão/Arte Metrópoles

Uma equipe de investigação formada por pesquisadores alemães descobriu a razão pela qual a variante Ômicron do coronavírus causa menos óbitos e casos graves, ainda que consiga escapar mais facilmente da proteção do corpo.

De acordo com os cientistas, a cepa é mais facilmente inibida pela resposta de interferon, uma proteção imunológica presente em todas células do corpo que desencadeia a produção de anticorpos.

O estudo, realizado por profissionais das universidades alemãs de Kent e de Frankfurt e publicado nesta segunda (24/1), indica que esta é a primeira razão para a menor ocorrência de quadros graves em infectados com a Ômicron. Além disso, as descobertas mostram que a variante é vulnerável a oito medicamentos antivirais que estão sendo testados no tratamento contra a Covid-19.

O nosso estudo fornece pela primeira vez uma explicação sobre por que as infecções por Ômicron são menos responsáveis por causar doenças graves. Isto deve-se ao fato de a Ômicron, ao contrário da Delta, não inibir de forma eficaz a resposta imune de interferon nas células hospedeiras”, afirma Martin Michaelis, autor da pesquisa, para o site da Universidade de Kent.

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Com o passar dos meses, o coronavírus sofreu mutações para continuar infectando as pessoas

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Surgiram inúmeras variantes do vírus, mas a OMS considera quatro como sendo de "preocupação"

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Ainda não se sabe se as mutações tornam o vírus mais eficiente em fugir da proteção oferecida pelas vacinas

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Ela é mais transmissível do que o vírus original, e foi responsável por uma alta nos casos em vários países

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Cerca de 73% dos pacientes que tiveram Covid-19 apresentam sintomas nos meses seguintes à infecção, segundo a Universidade de Stanford, nos Estados Unidos

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A versão Beta não apresenta alta transmissibilidade, mas é a mais eficiente em driblar as defesas do corpo

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A variante Gama é a brasileira, conhecida anteriormente como P.1

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Ela também é mais transmissível, mas não é responsável por quadros mais graves da infecção

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Países têm aumentado restrições para conter avanço da nova cepa

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São pelo menos 50 mutações, entre as quais 32 ficam localizadas na proteína Spike, usada pelo coronavírus para invadir as células

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As vacinas disponíveis até o momento funcionam contra a maioria das variantes, ainda que não tenham 100% de eficácia contra elas

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O pesquisador do Instituto Médico de Virologia da Universidade de Frankfurt, Jindrich Cinatl, reforçou que, embora as experiências de cultura celular reproduzidas em laboratório não reflitam exatamente a situação em um infectado, os dados fornecem provas encorajadoras de que os medicamentos antivirais disponíveis contra a Covid-19 também podem ser eficazes contra a Ômicron.

A pesquisa aponta que, especificamente, a nova variante reduz menos a resposta imunológica das células de Calu-3 e Caco-2 quando comparada com a Delta. Os dados do estudo, publicados na revista científica Nature, mostram que “os vírus da Ômicron são menos eficazes do que os Delta na antagonização da resposta de interferon em células humanas, o que pode contribuir para a menor patogenicidade da variante Ômicron observada em doentes”.

“A nossa comparação, em diferentes modelos celulares, mostra que os vírus da Ômicron permanecem sensíveis a uma vasta gama de medicamentos anti-Sars-Cov-2 e candidatos a medicamentos com vários tipos de mecanismos de ação”, ressalta o documento.

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