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Pesquisadores de Harvard acreditam que xadrez pode combater demência

Cientistas de Harvard utilizam a atividade como plataforma de pesquisa para entender o envelhecimento do cérebro

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Interesse por jogos de xadrez aumenta 150%. Saiba onde aprender no DF
1 de 1 Interesse por jogos de xadrez aumenta 150%. Saiba onde aprender no DF - Foto: Pexels/Reprodução

Para pesquisadores da Universidade de Harvard, o xadrez vem se mostrando muito mais que apenas um jogo. A atividade se tornou uma plataforma de pesquisas para entender como o envelhecimento cerebral está associado à demência.

Professor da Faculdade de Saúde Pública de Harvard, David Canning comenta que o jogo serve como uma espécie de teste cognitivo. Ele está analisando um grande banco de dados de jogos da Federação de Xadrez dos Estados Unidos. Além disso, busca acompanhar 200 jogadores ao longo do tempo para determinar como se dá o envelhecimento do cérebro no grupo.

O professor explica que as pessoas podem melhorar o desempenho cognitivo durante uma partida de xadrez. “As evidências de que há ajuda na atividade mental ainda são confusas, mas é possível que jogar xadrez evite o declínio cognitivo“, completa Canning, em entrevista para a revista de Harvard.

Estudos sobre os impactos do xadrez

A escolha de analisar o envelhecimento cerebral em praticantes de xadrez é simples. Eles estão essencialmente fazendo testes cognitivos enquanto jogam, representando um conjunto de dados que foram armazenados em diferentes etapas da vida.

O pesquisador afirma que há uma ampla literatura científica que observa os efeitos do envelhecimento em praticantes de xadrez, mas está focada, principalmente, em jogadores de elite. Outros estudos também verificaram que jogar xadrez é bom para a cognição, especialmente em crianças.

“Também há evidências ligando as habilidades cognitivas gerais à habilidade no xadrez, mas ninguém realmente olhou para isso ao longo do tempo. O que queremos fazer neste estudo é olhar para um grupo de jogadores de xadrez por um período maior, esperançosamente de três a cinco anos, e ver como suas habilidades cognitivas mudam, comparando-as com suas habilidades para jogar xadrez”, expõe o professor de Harvard.

De acordo com David Canning, muitas pessoas desistem do jogo depois de alguns anos: “Eu pensei que uma vez que as pessoas estivessem jogando e fossem mais velhas, eles ficariam por muito tempo. Existem alguns, mas na verdade a taxa de desistência é alta”. Isso permitirá um desdobramento do trabalho: possíveis impactos cognitivos de parar de jogar xadrez serão avaliados.

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