Pesquisa prova que morar perto de espaços verdes aumenta felicidade

Uma pesquisa conduzida pela Universidade de Warwick, Universidade de Newcastle e Universidade de Sheffield, todas no Reino Unido, descobriu o que moradores com endereços próximos a áreas verdes já sabiam: viver perto de parques ou bosques faz as pessoas serem mais felizes. O estudo foi publicado na edição de agosto da revista especializada Applied Geography.

A partir da análise de dados de 25.518 moradores de Londres, foi possível verificar que parques e reservas naturais impactam mais o bem-estar mental do que fatores como estilo de vida, emprego, renda e até o quadro geral de saúde.

Para avaliar a relação entre o espaço verde e a saúde mental, os cientistas utilizaram técnicas de pesquisa geoespacial. Eles compararam as respostas dos participantes da Pesquisa Anual de População do Reino Unido — que analisa dados como taxa de emprego e desemprego, religião, saúde e educação — a dados sobre a forma, o tamanho e  a localização dos 20 mil espaços verdes públicos da capital inglesa.

O cruzamento de dados permitiu estimar o impacto da distribuição dos espaços verdes na vida dos indivíduos. Entre as principais descobertas, está o fator proximidade: a maior influência no bem-estar mental foi notada em pessoas que viviam a até 300m de parques ou reservas ecológicas. O tamanho é outro fator importante: a cada hectare a mais de espaço verde nas proximidades, a sensação de satisfação com a vida aumentou em até 8%, a de valorização da vida em 7% e a de felicidade em 5%.

Para os pesquisadores, essa tríade de métricas — satisfação, valorização e felicidade — foi o diferencial da pesquisa. Segundo eles, o bem-estar mental precisa ser considerado multidimensionalmente para poder ser mensurado de maneira satisfatória. A ideia do trabalho é estimular governos a criar espaços de paisagem urbana mais saudáveis e felizes no futuro.