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Pesquisa mostra que países pobres aceitam mais a vacina do que ricos

Novo estudo publicado na Nature Medicine revela que vontade de obter vacina contra a Covid é maior em países em desenvolvimento

atualizado

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1 de 1 vacinação são paulo - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

Uma pesquisa publicada nessa sexta-feira (16/7) na revista científica Nature Medicine revela que a vontade de obter uma vacina contra a Covid-19 é consideravelmente maior nos países em desenvolvimento (80% dos entrevistados) do que nos Estados Unidos (ou 65% do total de participantes) ou Rússia (30%).

Foram entrevistadas mais de 20 mil pessoas por um time de pesquisadores de 30 instituições, entre as quais o Centro de Crescimento Internacional (IGC) e o Yale Institute for Global Health, nos Estados Unidos, o WZB Berlin Social Science Center, na Alemanha, e a HSE University, na Rússia.

A pesquisa foi realizada entre junho de 2020 e janeiro de 2021. O objetivo dos cientistas era analisar a aceitação e hesitação para receber a vacina contra o coronavírus em 10 países de baixa e média renda na Ásia, África e América do Sul. O principal motivo indicado por 91% dos entrevistados para querer a vacina foi a proteção pessoal. Quanto à hesitação em se imunizar, a justificativa é a preocupação com os efeitos colaterais (44% dos entrevistados indicaram esse motivo).

As descobertas sugerem que priorizar a distribuição de vacinas para países de baixa e média renda deve gerar altos retornos na expansão da cobertura global de imunização. “À medida que os suprimentos de vacina contra a Covid-19 chegam aos países em desenvolvimento, os próximos meses serão fundamentais para os governos e organizações internacionais se concentrarem na concepção e implementação de programas eficazes de absorção de vacinas”, observa Niccoló Meriggi, economista do IGC de Serra Leoa e coautor do estudo, no anúncio da pesquisa.

Os cientistas apontam que a aceitação da vacina pode variar com o tempo e com as informações que as pessoas têm à disposição. “Em todos os países, observamos que a aceitação das vacinas contra a Covid-19 é geralmente menor do que para outras vacinas, talvez por ser uma novidade”, destaca Alexandra Scacco, pesquisadora sênior do WZB e coautora do estudo. “Esperamos que as evidências reveladas pelo nosso estudo possam ajudar a informar e criar estratégias para expandir a vacinação da Covid-19 a nível global”, acrescenta.

A pesquisa corrobora a recomendação da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) divulgada na última quarta-feira (14/7) de que os países ricos que possuem vacina sobrando e cogitam reforçar a imunização de suas populações deveriam doar essas doses aos países pobres que ainda não alcançaram sequer dois dígitos na porcentagem de população imunizada contra o coronavírus.

Saiba como as vacinas contra Covid-19 atuam:

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