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Mortes por AVC devem aumentar até 47% em 2050, aponta estudo

Pesquisa que apresenta tendências sobre a doença foi publicada na The Lancet. Especialistas também indicaram o que fazer para mudar quadro

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Ilustração colorida mostra uma cabeça de lado e o cérebro desenhado. O fundo é vermelho e rosa - Metrópoles
1 de 1 Ilustração colorida mostra uma cabeça de lado e o cérebro desenhado. O fundo é vermelho e rosa - Metrópoles - Foto: Pixabay/Reprodução

O número de mortes por Acidente Vascular Cerebral (AVC) poderá aumentar 47% no mundo e chegar a quase 10 milhões até 2050. O alerta foi dado por um estudo feito pela Organização Mundial do AVC, publicado nesta segunda-feira (9/10), na revista científica The Lancet.

Segundo a pesquisa, se ações de monitoramento e prevenção não forem aprimoradas, o número de vítimas deve saltar de 6,6 milhões em 2020 para 9,7 milhões em 2050. Para se ter uma ideia da proporção destes números, atualmente os AVCs já matam uma população equivalente à do estado de Goiás e, caso o aumento se confirme, deve ser acrescentada à conta número semelhante à população do Mato Grosso.

A atual presidente da Organização Mundial do AVC, a neurologista brasileira Sheila Martins, apontou que os esforços devem ser urgentes para modificar o cenário. “Precisamos de uma melhora drástica hoje, não para daqui a 10 anos”, defendeu, em comunicado à imprensa.

Foto colorida de um AVC
O acidente vascular cerebral (AVC) acontece quando vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem

AVC deve atingir os mais pobres

Atualmente, 86% das pessoas que morrem devido a um AVC são pessoas de baixa renda. Embora os números apontem para uma tendência de aumento, os pesquisadores indicam que os AVCs serão menos frequente em pessoas de alta renda. No ano de 2050, a estimativa é que 91% das vítimas sejam pessoas pobres.

“Temos de examinar de perto o que está causamdo este aumento, incluindo o peso crescente dos factores de risco não controlados – especialmente a hipertensão arterial e a falta de serviços de prevenção e cuidados nestas regiões mais pobres do globo”, indica o próximo presidente da Organização Mundial do AVC, o professor Jeyaraj Pandian.

Como evitar o aumento?

As recomendações do estudo indicam que a prevenção do AVC deve estar focada em quatro pilares:

  • Vigilância. Entender os números e monitorar os avanços;
  • Prevenção. Conscientizar o público sobre o risco de ter condições associadas que levam ao AVC, tais como pressão alta, diabetes, colesterol alto, obesidade, dieta pouco saudável, estilo de vida sedentário e tabagismo;
  • Tratamento. Tornar acessíveis os medicamentos e procedimentos cirúrgicos que tratam o problema, distribuíndos de forma apropriada;
  • Reabilitação. Criar uma rede que permita o acesso aos cuidados pós-AVC para evitar consequências a largo prazo.
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O acidente pode ocorrer por diversos motivos, como acúmulos de placas de gordura ou formação de um coágulo – que dão origem ao AVC isquêmico –, sangramento por pressão alta e até ruptura de um aneurisma – causando o AVC hemorrágico
Muitos sintomas são comuns aos acidentes vasculares isquêmicos e hemorrágicos, como: dor de cabeça muito forte, fraqueza ou dormência em alguma parte do corpo, paralisia e perda súbita da fala
O derrame cerebral não tem cura, entretanto, pode ser prevenido em grande parte dos casos. Quando isso acontece, é possível investir em tratamentos para melhora do quadro e em reabilitação para diminuir o risco de sequelas
Na maioria das vezes, acontece em pessoas acima dos 50 anos, entretanto, também é possível acometer jovens. A doença pode acontecer devido a cinco principais causas
Tabagismo e má alimentação: é importante adotar uma dieta mais saudável, rica em vegetais, frutas e carne magra, além de praticar atividade física pelo menos 3 vezes na semana e não fumar
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O acidente vascular cerebral, também conhecido como AVC ou derrame cerebral, é a interrupção do fluxo de sangue para alguma região do cérebro

Agência Brasil
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O acidente pode ocorrer por diversos motivos, como acúmulos de placas de gordura ou formação de um coágulo – que dão origem ao AVC isquêmico –, sangramento por pressão alta e até ruptura de um aneurisma – causando o AVC hemorrágico

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Muitos sintomas são comuns aos acidentes vasculares isquêmicos e hemorrágicos, como: dor de cabeça muito forte, fraqueza ou dormência em alguma parte do corpo, paralisia e perda súbita da fala

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O derrame cerebral não tem cura, entretanto, pode ser prevenido em grande parte dos casos. Quando isso acontece, é possível investir em tratamentos para melhora do quadro e em reabilitação para diminuir o risco de sequelas

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Na maioria das vezes, acontece em pessoas acima dos 50 anos, entretanto, também é possível acometer jovens. A doença pode acontecer devido a cinco principais causas

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Tabagismo e má alimentação: é importante adotar uma dieta mais saudável, rica em vegetais, frutas e carne magra, além de praticar atividade física pelo menos 3 vezes na semana e não fumar

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Pressão alta, colesterol e diabetes: deve-se controlar adequadamente essas doenças, além de adotar hábitos de vida saudáveis para diminuir seus efeitos negativos sobre o corpo, uma vez que podem desencadear o AVC

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Defeitos no coração ou vasos sanguíneos: essas alterações podem ser detectadas em consultas de rotina e, caso sejam identificadas, devem ser acompanhadas. Em algumas pessoas, pode ser necessário o uso de medicamentos, como anticoagulantes

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Drogas ilícitas: o recomendado é buscar ajuda de um centro especializado em drogas para que se possa fazer o processo de desintoxicação e, assim, melhorar a qualidade de vida do paciente, diminuindo as chances de AVC

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Aumento da coagulação do sangue: doenças como o lúpus, anemia falciforme ou trombofilias; doenças que inflamam os vasos sanguíneos, como vasculites; ou espasmos cerebrais, que impedem o fluxo de sangue, devem ser investigados

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