Pesquisa indica melhores dietas para diminuir estresse oxidativo e evitar Alzheimer
Novo estudo publicado na revista Frontiers in Neuroscience aponta quais são os regimes alimentares mais eficientes para proteger o cérebro
atualizado
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Em novo estudo publicado pela revista Frontiers in Neuroscience, pesquisadores da Universidade Médica Chinesa de Zhejiang apontam intervenções nutricionais capazes de diminuir o risco de Alzheimer.
As dietas mediterrânea e cetogênica, a suplementação com ômega-3 e a inclusão de probióticos no cardápio foram indicadas como boas estratégias para evitar a doença neurodegenerativa. Por outro lado, as dietas denominadas “ocidentais” – ricas em gordura saturada, açúcar e sal – são apontadas como inimigas da saúde do cérebro.
O Alzheimer é uma doença progressiva, caracterizada pelo declínio da capacidade cognitiva e funcional, perda episódica de memória e das habilidades de linguagem. Estima-se que 25 milhões de pessoas sofram com esse tipo de demência no mundo.
Embora a causa da doença não seja bem compreendida, sabe-se que ela se manifesta com o acúmulo de proteína beta-amilóide (Aβ) e a formação de emaranhados de proteínas tau no cérebro. Não existem tratamentos específicos para a condição.
“O consumo de carboidratos refinados e de uma dieta com alto índice glicêmico está associado ao aumento do acúmulo de peptídeos Aβ no cérebro”, afirmam os autores do artigo.
Estudo
Os cientistas chineses revisaram 38 estudos realizados nos últimos cinco anos sobre a associação entre intervenções nutricionais e Alzheimer para tentar identificar um padrão. Entre os artigos analisados estavam ensaios clínicos, revisões sistemáticas e meta-análises publicadas entre 2018 e 2022.
A dieta mediterrânea, rica em grãos integrais, vegetais, frutas, cereais, oleaginosas e frutos do mar, demonstrou um efeito protetor nos neurônios e na prevenção do Alzheimer, com a redução do estresse oxidativo e de inflamações no organismo, também verificou-se menor acúmulo de peptídeos Aβ.
A dieta DASH, com baixa ingestão de carne vermelha e processada e alto consumo de frutas, vegetais e grãos integrais, também apresentou efeitos anti-inflamatórios capazes de reduzir o estresse oxidativo, exercendo um papel protetor contra a doença.
Já as dietas ricas em gordura saturada, açúcar e sal foram associadas a um estado de estresse mais alto para o organismo, tornando-o mais vulnerável à demência.
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