Pesquisa encontra maneira de prolongar a vida em 20%
Pesquisadores da Universidade Médica de Taipei, em Taiwan, encontraram mutação genética capaz de fazer camundongos viverem mais
atualizado
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Pesquisadores da Universidade Médica de Taipei, em Taiwan, encontraram uma modificação genética que protege camundongos contra o câncer e permite que eles vivam até 20% mais. Eles acreditam que os benefícios podem ser aplicados em humanos no futuro.
“Foi uma grande surpresa. Até agora, não encontramos nenhum efeito colateral negativo”, afirma o pesquisador Che-Kun James Shen, um dos principais autores do estudo publicado na plataforma bioRxiv, em 21 de abril.
O processo de envelhecimento implica na deterioração de órgãos e na ocorrência de doenças crônicas, como câncer, diabetes e insuficiência cardiovascular.
No estudo feito em Taiwan, os pesquisadores analisaram um grupo de roedores geneticamente modificados com uma versão mutante do gene KLF1, presente no cromossomo 8 de camundongo e 19 de humanos. O gene é responsável por regular a produção de novos glóbulos vermelhos.
Observou-se que os animais com a mutação viveram mais em comparação aos demais, foram excepcionalmente mais ativos na meia-idade e demoraram mais para ficarem grisalhos.
Etapa seguinte
Em uma outra etapa do experimento, os cientistas transferiram as células-tronco do sangue dos camundongos geneticamente modificados para um novo grupo de roedores não modificados. Estes viveram cinco meses a mais, um aumento de aproximadamente 20%. Eles também permaneceram mais saudáveis e mantiveram o desempenho físico e mental por mais tempo.
Proteção contra câncer
Os camundongos que receberam o gene KLF1 mutante por meio de transplante de células da medula óssea demonstraram uma capacidade anticancerígena significativamente maior, eles tiveram o crescimento tumoral reduzido e demonstraram uma taxa de incidência espontânea de câncer de 12,5%, muito abaixo da taxa em camundongos que não foram submetidos ao procedimento (75%).
“Este estudo demonstra a viabilidade de desenvolver um novo sistema hematopoiético/sangue para o anticancerígeno de longo prazo e, potencialmente, para o antienvelhecimento”, afirmam os autores do artigo.
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