Pesquisa diz que 6 a cada 10 internações no Brasil podem ser evitadas
Pesquisa indica que principais causas de internações são por AVC e doenças uriárinárias e nos rins, que podem ser previnidas
atualizado
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Segundo dados relativos a 2021 divulgados pela Unidas Autogestão em Saúde, no Brasil, 6 a cada 10 internações poderiam ser evitadas ou adiadas. Somente as doenças do trato urinário e rins e Acidente Vascular Cerebral (AVC) somam quase 40% de todas as internações feitas na rede privada, de acordo com o documento.
Além das duas condições, outras internações consideradas evitáveis foram por doença arterial coronariana ou angina, gastroenterites infecciosas e insuficiência cardíaca. Esse grupo soma mais de 20% das hospitalizações.
De acordo com o presidente da Unidas, Anderson Mendes, a informação sugere o impacto da pandemia na saúde dos brasileiros. Ele destaca a queda na procura por consultas e exames, o que resultou na busca por atendimento médico apenas quando o problema de saúde já estava grave.
“A pandemia fez com que os autogestores precisassem fazer a busca ativa, ir atrás dos pacientes, porque eles pararam de procurar. E isso se refletiu em um aumento dessas doenças evitáveis, registrado também pelo crescimento das entradas em pronto-atendimentos”, afirma Mendes, em entrevista à Folha de S.Paulo.
A pesquisa é realizada anualmente pela Unidas para indicar tendências relacionadas a internações potencialmente evitáveis. Neste ano, ela contou com 56 operadoras de autogestão em saúde, responsáveis por atender os principais planos de saúde privados do país. Devido à pandemia, os dados foram coletados em 2020 e 2021, totalizando mais de 2,6 milhões de pessoas.
São consideradas internações evitáveis aquelas que poderiam ter sido prevenidas com cuidados específicos. Geralmente, essas condições exigem atenção com fatores de risco como tabagismo, consumo de álcool, sedentarismo e má alimentação.
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