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Pesquisa descobre “calcanhar de Aquiles” de câncer resistente à quimio

Cientistas desenvolveram em laboratório proteína que elimina 57% das células cancerígenas de pacientes com câncer de cólon avançado

atualizado

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National Cancer Institute
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1 de 1 cancer4 - Foto: National Cancer Institute

Pesquisadores da Universidade de Vanderbilt, nos Estados Unidos, encontraram um ponto fraco de células cancerígenas que resistem à quimioterapia. No estudo preliminar desenvolvido em laboratório, os cientistas investigavam se uma proteína natural produzida em células do sistema imunológico, chamada de Trail, é eficaz para matar células cancerígenas provenientes de câncer de cólon. Os primeiros resultados foram animadores.

Os pesquisadores desenvolveram nanopartículas revestidas com a proteína Trail e observaram que elas foram capazes de matar 57% das células cancerígenas coletadas de amostras de sangue de pacientes com câncer de cólon avançado. O estudo foi publicado na revista científica especializada eLife nesta terça-feira (3/7) e revelou também que, em algumas amostras de sangue, as nanopartículas destruíram todas as células cancerígenas detectáveis.

A pesquisa representa um passo à frente para o desenvolvimento de novas terapias que tornem as células cancerígenas agressivas mais fáceis de serem exterminadas antes de se espalharem para outras partes do corpo.

Segundo o coordenador da pesquisa Michael King, cientista da Universidade de Vanderbilt, a equipe descobriu que as células resistentes à quimioterapia possuíam maior quantidade de uma proteína chamada “receptor de morte 4″ na superfície. “Esse receptor faz exatamente o que o nome sugere, causa a morte da célula quando ela se liga à proteína Trail”, explicou King, em comunicado à imprensa.

“Esses resultados são particularmente encorajadores para pacientes com câncer colorretal que falharam na quimioterapia. Pacientes com doença metastática que não obtiveram resultados na quimioterapia geralmente ficam com poucas opções de tratamento. O uso de Trail como uma nanopartícula não tóxica torna-se particularmente atraente para eles”, destacou King.

Ainda de acordo com o cientista, a continuação dessa pesquisa investigará drogas que alteram as células cancerígenas para influenciar a interação com os receptores de morte, aumentando os benefícios terapêuticos do tratamento. O objetivo a longo prazo é iniciar os testes clínicos em voluntários.

A oncologista da Rede D’Or Brasília, Janyara Teixeira, considera a pesquisa promissora por ter desvendado um novo ponto fraco nas células que formam tumores, o que pode levar a novas possibilidades de tratamento no campo da imunoterapia. “É uma inovação que pode ser usada tanto para prevenir recidivas como metástases”, explicou.

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