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Pesquisa compara casos de infecções pela Ômicron com outras variantes

De acordo com o estudo, tempo de infecção e quantidade de pacientes hospitalizados com a variante Ômicron na África do Sul diminuiu

atualizado

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1 de 1 coronavírus ilustração - Foto: CDC/Unsplash

Pesquisadores da África do Sul, primeiro país a identificar a Ômicron, compararam os infectados pela variante com pessoas que tiveram contato com outras cepas do coronavírus. O tempo médio de internação diminuiu para três dias com a Ômicron, quando nas ondas anteriores era de sete a oito dias.

A análise levou em consideração números do Netcare, rede de saúde com quase 50 hospitais por toda a África do Sul. Foram 3.875 tratados com a variante ancestral (onda 1); 4.632 com a Beta (onda 2); com a 6.342 Delta (onda 3) e 2.351 com a Ômicron (onda 4).

O número de pessoas que precisaram de cuidados médicos foi consideravelmente menor com a Ômicron, ficando por volta dos 41%. Com a variante Delta, a taxa foi de 69,3%.

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Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento
Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido
Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas
Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo
O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus
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Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron foi classificada pela OMS como de preocupação

Andriy Onufriyenko/ Getty Images
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Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento

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Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido

Peter Dazeley/ Getty Images
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Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas

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Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo

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O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus

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A primeira é que a variante tenha começado o desenvolvimento em meados de 2020, em uma população pouco testada, e só agora acumulou mutações suficientes para se tornar mais transmissível

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A segunda é que surgimento da Ômicron pode estar ligado ao HIV não tratado. A terceira, e menos provável, é que o coronavírus teria infectado um animal, se desenvolvido nele e voltado a contaminar um humano

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De qualquer forma, o sequenciamento genético mostra que a Ômicron não se desenvolveu a partir de nenhuma das variantes mais comuns, já que a nova cepa não tem mutações semelhantes à Alfa, Beta, Gama ou Delta

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Com medo de uma nova onda, países têm aumentado as restrições para conter o avanço da nova variante

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De acordo com documento da OMS, a Ômicron está em circulação em 110 países. Na África do Sul, ela vem se disseminando de maneira mais rápida do que a variante Delta, cuja circulação no país é baixa

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Mesmo em países onde o número de pessoas vacinadas é alto, como no Reino Unido, a nova mutação vem ganhando espaço rapidamente

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No Brasil, 32 casos foram registrados, segundo balanço divulgado no fim de dezembro pelo Ministério da Saúde

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Por conta da capacidade de disseminação da variante, a OMS orienta que pessoas se vacinem com todas as doses necessárias, utilizem corretamente máscaras de proteção e mantenham as mãos higienizadas

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A entidade ressalta ainda a importância de evitar aglomerações e recomenda que se prefiram ambientes bem ventilados

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Os pacientes hospitalizados por conta da Ômicron eram mais jovens com idade média de 36 anos, em comparação com a Delta, que infectou pessoas com média de 59 anos. Também foi observada uma proporção maior de mulheres, com mais de 60% das internações pela variante relacionadas ao público feminino.

A alta causada pela nova variante atingiu mais pessoas sem comorbidades que outras ondas na África do Sul. Além disso, 24,2% das internações por conta da Ômicron foram de pessoas vacinadas e 66,4%, de não imunizados. O estado de vacinação era desconhecido para 9,4% dos pacientes.

A proporção de pessoas que precisaram receber oxigênio diminuiu significativamente. O índice foi de 17,6% na quarta onda contra 74% na terceira onda. A admissão à terapia intensiva foi de 18,5% com a Ômicron e de 29,9% com a Delta.

O artigo foi publicado na revista científica JAMA Network e acompanhou casos até 20 de dezembro de 2021. Os cientistas ressaltam que mais pesquisas são necessárias para determinar se as diferenças entre as ondas são afetadas pela imunidade adquirida ou se a variante Ômicron pode ser menos patogênica que as cepas anteriores.

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