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Pesquisa alerta para “epidemia global” de inatividade infantil

Em todo o planeta, quatro em cada cinco crianças de 11 a 17 anos não fazem exercício físico. OMS recomenda uma hora de atividade por dia

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Empty playground swing parquinho balanço criança
1 de 1 Empty playground swing parquinho balanço criança - Foto: iStock

Quatro em cada cinco crianças de 11 a 17 anos não seguem as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) de realizar atividade física de moderada a vigorosa por ao menos uma hora a cada dia. Especialistas destacam que o problema ocorre tanto em países ricos quanto nas nações pobres, e alertam para uma “epidemia global” de inatividade infantil.

Segundo um estudo publicado nessa quinta-feira (21/11/2019) na revista The Lancet Child & Adolescent Health, a saúde das crianças está sendo gravemente prejudicada, assim como o desenvolvimento cerebral e as habilidades sociais.

A publicação estimou pela primeira vez como as tendências mudaram entre 2001 e 2016, contabilizando-as em 73 países que repetiram as pesquisas durante esse período, entre as 146 nações incluídas.

Com base em dados relatados por 1,6 milhão de estudantes, mais de 80% dos que frequentam escolas, em todo o mundo, simplesmente não praticam atividade física. Os meninos eram mais ativos do que as meninas em todos os países estudados, exceto em quatro: Tonga, Samoa, Afeganistão e Zâmbia.

Globalmente, a prevalência de atividade física insuficiente diminuiu levemente em relação aos meninos entre 2001 e 2016 (de 80% para 78%), mas não houve mudanças ao longo do tempo quanto às meninas (permanecendo em torno de 85%).

Os países que apresentaram as maiores reduções de atividades por meninos foram Bangladesh (de 73% a 63%), Cingapura (78% a 70%), Tailândia (78% a 70%), Benin (79% a 71%), Irlanda (71% a 64%) e EUA (71% a 64%). Entre as meninas, as mudanças foram pequenas, variando de uma redução de 2 pontos percentuais em Cingapura (85% a 83%) a um aumento de 1 ponto percentual no Afeganistão (87% a 88%).

Meninos nas Filipinas e meninas na Coreia do Sul foram os mais inativos, enquanto Bangladesh teve as menores taxas de inatividade física para meninos e meninas.

Reprodução

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Problema para o futuro
As primeiras tendências globais de atividade física insuficiente de adolescentes mostram que é necessária uma ação urgente para reverter este quadro, que vai prejudicar as novas e as futuras gerações.

De acordo com a autora do estudo, dra. Regina Guthold, a avaliação incluiu todos os tipos de atividade física, como tempo gasto em brincadeiras ativas, recreação e esportes, tarefas domésticas ativas, caminhadas e ciclismo ou outros tipos de transporte ativo, educação física e exercícios planejados.

O estudo destaca que os jovens têm o direito de brincar e devem ter a oportunidade de realizar seu direito à saúde física e mental e ao bem-estar. “Os formuladores de políticas e as partes interessadas devem ser incentivados a agir agora, pela saúde desta e futuras gerações de jovens”, afirmou a coautora dra. Fiona Bull.

Por que praticar?
Os benefícios à saúde com um estilo de vida fisicamente ativo durante a adolescência incluem melhora da aptidão cardiorrespiratória e muscular, saúde óssea e cardiometabólica, além dos efeitos de acréscimo no peso.

Também há evidências crescentes de que a atividade física tem um impacto positivo no desenvolvimento cognitivo e na socialização. As evidências atuais sugerem que muitos desses benefícios continuam na idade adulta.

Que exercício conta?
Praticamente qualquer coisa que faça o coração bater mais rápido e os pulmões respirarem com mais força. Isso pode incluir:

  • Corrida;
  • Caminhada acelerada;
  • Ciclismo;
  • Natação;
  • Futebol;
  • Saltos;
  • Ginástica.

O objetivo é 60 minutos de exercício moderado a vigoroso por dia.

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