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Pesquisa acha circuitos cerebrais ligados a pensamentos suicidas

Cientistas conseguiram mapear áreas que estão mais relacionadas ao desenvolvimento de pensamentos negativos

atualizado

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Os cientistas identificaram dois “circuitos” cerebrais ativados em pessoas com pensamentos suicidas: o achado aumenta as esperanças para evitar a violência auto infringida. O suicídio está entre as maiores causas de mortes no mundo. No Brasil, 11.433 pessoas tiraram a própria vida em 2016 (último dado oficial) – sendo que 10.203 eram homens, quase 76% do total.

Em todo o mundo, 800 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos e, entre as pessoas com idades entre 15 a 29 anos, é a segunda principal causa de mortes.

Depois de duas décadas de pesquisa, um grupo de cientistas identificou duas importantes redes cerebrais que aumentam o risco de uma pessoa pensar e tentar se suicidar.

“Imagine ter uma doença que matou quase um milhão de pessoas por ano, um quarto delas antes dos 30 anos de idade, e ainda não sabíamos nada sobre por que alguns indivíduos são mais vulneráveis ​​a esta doença. É assim que estamos com o suicídio. Sabemos muito pouco sobre o que está acontecendo no cérebro”, disse uma das principais autoras do estudo, Anne-Laura van Harmelen, da Universidade de Cambridge.

A equipe examinou 131 estudos, que envolveram mais de 12 mil participantes, em busca de alterações na estrutura e nas funções do cérebro. Os pesquisadores identificaram duas redes cerebrais que parecem importantes. A primeiro envolve as áreas frontais do cérebro conhecidas como córtex pré-frontal medial e lateral ventral, que ajudam a regular as emoções. Alterações nessa rede podem levar a pensamentos negativos excessivos.

A segunda rede – o córtex pré-frontal dorsal e o sistema de giro frontal inferior – é ativa na tomada de decisões e no controle do comportamento.

Mudanças nessas duas redes cerebrais podem levar as pessoas a pensarem negativamente, “enfraquecer” os pensamentos positivos e se tornarem mais propensas ao suicídio. A professora Hilary Blumberg, da Escola de Medicina de Yale, nos EUA, afirmou: “A análise fornece evidências para apoiar um futuro muito esperançoso no qual encontraremos novas e aprimoradas maneiras de reduzir o risco de suicídio”.

Também entre as líderes da pesquisa, Lianne Schmaal, da Universidade de Melbourne, na Austrália, afirmou: “Se pudermos descobrir uma maneira de identificar os jovens em maior risco, teremos a chance de intervir e ajudá-los”. As descobertas do estudo foram publicadas na revista Molecular Psychiatry. (Com informações do portal Daily Mail)

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