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Pesadelos frequentes podem ser sinal inicial de Parkinson, diz estudo

Pesquisadores acompanharam 3 mil idosos por 12 anos e descobriram que pessoas com sonos ruins tinham duas vezes mais chance de ter a doença

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suor insonia pesadelo
1 de 1 suor insonia pesadelo - Foto: CSA-Archive/Getty Images

Uma das principais dificuldades trazidas pelas doenças neurodegenerativas é o diagnóstico precoce. Em pacientes com Parkinson, por exemplo, quando a pessoa finalmente recebe o diagnóstico, normalmente já perdeu entre 60% e 80% dos neurônios responsáveis por liberar dopamina.

Pesquisadores da Universidade de Birmingham, no Reino Unido, descobriram que o começo do desenvolvimento da doença pode estar associado a um sintoma incomum: o aumento da quantidade de pesadelos sem causa aparente, principalmente em homens.

Os cientistas acompanharam cerca de 3 mil homens idosos por 12 anos. Os participantes que começaram a ter mais sonhos ruins tiveram duas vezes mais chance de desenvolver Parkinson, e a doença nesses pacientes piorou mais rapidamente.

“Precisamos continuar estudando essa área para identificar se o aparecimento dos pesadelos sem motivos óbvios pode indicar que indivíduos idosos devem procurar acompanhamento médico”, escreve o neurologista Abidemi Otaiku, principal autor da pesquisa.

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É comum que, no estágio inicial, os sintomas sejam confundidos com o processo natural do envelhecimento. No entanto, familiares e pessoas próximas devem ficar atentas aos sinais
Também é importante buscar ajuda de médicos, pois quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores serão as chances de controlar o caso e retardar o avanço das doenças, bem como aumentar a qualidade de vida dos pacientes
O Parkinson provoca a morte de neurônios que produzem dopamina e desempenham papel importante no sistema locomotor. Os homens são os mais acometidos
Os familiares do paciente devem ficar atentos aos primeiros sinais de lentidão, rigidez muscular e tremores frequentes, que são mais característicos desta condição
O Alzheimer, por sua vez, afeta mais a população feminina. Ele provoca a degeneração e a morte de neurônios, o que resulta na alteração progressiva das funções cerebrais
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O Parkinson, o Alzheimer e a demência são doenças neurodegenerativas que afetam principalmente a população idosa. As condições são progressivas e, com o passar do tempo, o paciente torna-se mais dependente do cuidado de terceiros

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É comum que, no estágio inicial, os sintomas sejam confundidos com o processo natural do envelhecimento. No entanto, familiares e pessoas próximas devem ficar atentas aos sinais

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Também é importante buscar ajuda de médicos, pois quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores serão as chances de controlar o caso e retardar o avanço das doenças, bem como aumentar a qualidade de vida dos pacientes

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O Parkinson provoca a morte de neurônios que produzem dopamina e desempenham papel importante no sistema locomotor. Os homens são os mais acometidos

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Os familiares do paciente devem ficar atentos aos primeiros sinais de lentidão, rigidez muscular e tremores frequentes, que são mais característicos desta condição

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O Alzheimer, por sua vez, afeta mais a população feminina. Ele provoca a degeneração e a morte de neurônios, o que resulta na alteração progressiva das funções cerebrais

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As consequências mais recorrentes são o comprometimento da memória, do comportamento, do pensamento e da capacidade de aprendizagem

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A demência é progressiva e os sintomas iniciais bastante conhecidos: perda de memória e confusão são os mais comuns. A condição atinge até 25% das pessoas com mais de 85 anos no Brasil

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Problemas na fala e dificuldade em tomar decisões também estão entre os sinais. Porém, há outros indícios sutis que podem alertar para o desenvolvimento de alguns tipos de doenças degenerativas

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Problemas de visão: um estudo feito no Reino Unido pela UK Biobank mostra que pessoas com degeneração macular relacionada à idade têm 25% mais chance de ter demência

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Perda auditiva: pode estar ligada a mudanças celulares no cérebro. Mas a perda de visão e audição pode levar o idoso ao isolamento social, que é conhecido há anos como um fator de risco para Alzheimer e outras formas de demência

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Mudanças de humor: pessoas com quadros iniciais de demência param de achar piadas engraçadas ou não entendem situações que costumavam achar divertidas e podem ter dificuldade de entender sarcasmo

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Problemas na gengiva: pesquisas apontam que a saúde bucal está relacionada a problemas mentais e pode estar ligada também à diabetes tipo 2, pressão alta, colesterol alto, obesidade e alcoolismo — todos também são fatores de risco para a demência

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Isolamento social: o sintoma pode aumentar o risco de doenças neurodegenerativas. A falta de paciência com amigos e familiares e a preferência por ficar sozinho podem ser sinais de problemas químicos no cérebro ou falta de vitaminas

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Outros sinais que podem indicar doenças neurodegenerativas, são: desinteresse pelas atividades habituais, dificuldade em executar tarefas do dia-a-dia, repetir conversas ou tarefas, Desorientação em locais conhecidos e dificuldade de memorização

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O cientista explica que a ligação entre pesadelos e a doença de Parkinson vem sendo pesquisada há anos, e cerca de um quarto dos pacientes com a condição diz estar sofrendo com o problema no momento do diagnóstico — alguns afirmam estarem tendo pesadelos há até dez anos. Estudos anteriores mostram que pessoas com Parkinson têm quatro vezes mais chance de ter pesadelos frequentes do que a população em geral.

A pesquisa de Otaiku, que foi publicada em pré-print na revista The Lancet, ainda precisa passar por revisão da comunidade científica, mas ajuda a mostrar que os pesadelos são uma consequência da doença.

Os cientistas querem expandir o estudo usando eletroencefalografia para entender o que exatamente causa os pesadelos: a principal hipótese é que algo relacionado à doença possa estar acontecendo no córtex frontal, a área do cérebro responsável por regular as emoções durante o sono.

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