1 de 1 suor insonia pesadelo
- Foto: CSA-Archive/Getty Images
Uma das principais dificuldades trazidas pelas doenças neurodegenerativas é o diagnóstico precoce. Em pacientes com Parkinson, por exemplo, quando a pessoa finalmente recebe o diagnóstico, normalmente já perdeu entre 60% e 80% dos neurônios responsáveis por liberar dopamina.
Pesquisadores da Universidade de Birmingham, no Reino Unido, descobriram que o começo do desenvolvimento da doença pode estar associado a um sintoma incomum: o aumento da quantidade de pesadelos sem causa aparente, principalmente em homens.
Os cientistas acompanharam cerca de 3 mil homens idosos por 12 anos. Os participantes que começaram a ter mais sonhos ruins tiveram duas vezes mais chance de desenvolver Parkinson, e a doença nesses pacientes piorou mais rapidamente.
“Precisamos continuar estudando essa área para identificar se o aparecimento dos pesadelos sem motivos óbvios pode indicar que indivíduos idosos devem procurar acompanhamento médico”, escreve o neurologista Abidemi Otaiku, principal autor da pesquisa.
15 imagens
1 de 15
O Parkinson, o Alzheimer e a demência são doenças neurodegenerativas que afetam principalmente a população idosa. As condições são progressivas e, com o passar do tempo, o paciente torna-se mais dependente do cuidado de terceiros
Getty Images
2 de 15
É comum que, no estágio inicial, os sintomas sejam confundidos com o processo natural do envelhecimento. No entanto, familiares e pessoas próximas devem ficar atentas aos sinais
Getty Images
3 de 15
Também é importante buscar ajuda de médicos, pois quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores serão as chances de controlar o caso e retardar o avanço das doenças, bem como aumentar a qualidade de vida dos pacientes
Divulgação
4 de 15
O Parkinson provoca a morte de neurônios que produzem dopamina e desempenham papel importante no sistema locomotor. Os homens são os mais acometidos
Pixabay
5 de 15
Os familiares do paciente devem ficar atentos aos primeiros sinais de lentidão, rigidez muscular e tremores frequentes, que são mais característicos desta condição
Pixabay
6 de 15
O Alzheimer, por sua vez, afeta mais a população feminina. Ele provoca a degeneração e a morte de neurônios, o que resulta na alteração progressiva das funções cerebrais
Pixabay
7 de 15
As consequências mais recorrentes são o comprometimento da memória, do comportamento, do pensamento e da capacidade de aprendizagem
Pixabay
8 de 15
A demência é progressiva e os sintomas iniciais bastante conhecidos: perda de memória e confusão são os mais comuns. A condição atinge até 25% das pessoas com mais de 85 anos no Brasil
Pixabay
9 de 15
Problemas na fala e dificuldade em tomar decisões também estão entre os sinais. Porém, há outros indícios sutis que podem alertar para o desenvolvimento de alguns tipos de doenças degenerativas
Pixabay
10 de 15
Problemas de visão: um estudo feito no Reino Unido pela UK Biobank mostra que pessoas com degeneração macular relacionada à idade têm 25% mais chance de ter demência
Pixabay
11 de 15
Perda auditiva: pode estar ligada a mudanças celulares no cérebro. Mas a perda de visão e audição pode levar o idoso ao isolamento social, que é conhecido há anos como um fator de risco para Alzheimer e outras formas de demência
Agência Brasil
12 de 15
Mudanças de humor: pessoas com quadros iniciais de demência param de achar piadas engraçadas ou não entendem situações que costumavam achar divertidas e podem ter dificuldade de entender sarcasmo
Pixabay
13 de 15
Problemas na gengiva: pesquisas apontam que a saúde bucal está relacionada a problemas mentais e pode estar ligada também à diabetes tipo 2, pressão alta, colesterol alto, obesidade e alcoolismo — todos também são fatores de risco para a demência
Reprodução
14 de 15
Isolamento social: o sintoma pode aumentar o risco de doenças neurodegenerativas. A falta de paciência com amigos e familiares e a preferência por ficar sozinho podem ser sinais de problemas químicos no cérebro ou falta de vitaminas
Pixabay
15 de 15
Outros sinais que podem indicar doenças neurodegenerativas, são: desinteresse pelas atividades habituais, dificuldade em executar tarefas do dia-a-dia, repetir conversas ou tarefas, Desorientação em locais conhecidos e dificuldade de memorização
Pixabay
O cientista explica que a ligação entre pesadelos e a doença de Parkinson vem sendo pesquisada há anos, e cerca de um quarto dos pacientes com a condição diz estar sofrendo com o problema no momento do diagnóstico — alguns afirmam estarem tendo pesadelos há até dez anos. Estudos anteriores mostram que pessoas com Parkinson têm quatro vezes mais chance de ter pesadelos frequentes do que a população em geral.
A pesquisa de Otaiku, que foi publicada em pré-print na revista The Lancet, ainda precisa passar por revisão da comunidade científica, mas ajuda a mostrar que os pesadelos são uma consequência da doença.
Os cientistas querem expandir o estudo usando eletroencefalografia para entender o que exatamente causa os pesadelos: a principal hipótese é que algo relacionado à doença possa estar acontecendo no córtex frontal, a área do cérebro responsável por regular as emoções durante o sono.
Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.