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Perda de potência muscular em idosos pode ser demência, aponta estudo

Participantes que tiveram perda acelerada da potência muscular tiveram casos de demência mais graves. Informação pode ajudar no diagnóstico

atualizado

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Idoso usando andador e sendo ajudado por uma enfermeira, demência, perda muscular - Metrópoles
1 de 1 Idoso usando andador e sendo ajudado por uma enfermeira, demência, perda muscular - Metrópoles - Foto: shapecharge/Getty Images

É natural que idosos se tornem mais lentos com o passar dos anos. Porém, um novo estudo indica que, em alguns casos, a perda de potência muscular não é um processo natural da idade, mas um sintoma silencioso de demência.

A pesquisa chefiada por médicos australianos que apontou este sintoma incomum da demência foi publicada em abril no Journal of Cachexia, Sarcopenia and Muscle. Segundo o trabalho, a perda de potência aparece principalmente após os 80 anos.

“A incorporação de testes de função muscular como parte da triagem de demência pode ser útil para identificar indivíduos de alto risco, que podem ser orientados a prevenir o aparecimento da doença com dieta saudável e estilo de vida fisicamente ativo”, afirma o pesquisador Marc Sim, um dos coordenadores do estudo, ao site da Universidade Edith Cowan.

Circuito de teste

A investigação acompanhou 1.225 mulheres com mais de 70 anos ao longo de cinco anos. A capacidade muscular foi medida pela lentidão em realizar um circuito de esforço físico. As participantes tinham que levantar de uma cadeira, caminhar três metros, se virar e voltar a sentar. O tempo para realizar a atividade foi medido ao longo dos anos.

Ao final do período, o estudo observou sinais de demência em 207 das mulheres, o equivalente a 16,9% das participantes. Foi determinado um risco até 2,5 vezes maior de um evento de demência tardia, hospitalização ou morte por demência em mulheres com maior perda de potência física.

Em muitas das participantes com demência, se observou uma perda de potência muscular acelerada. As com maior quantidade de massa muscular perdida, de até 3,5 kg, foram também as com casos de demência mais graves.

“Nossas descobertas sugerem que, se pudermos interromper esse declínio de massa muscular, poderemos prevenir demências tardias. No entanto, mais pesquisas são necessárias nesta área”, conclui Sim.

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