Pesquisadores da Universidade de Medicina Chicago, nos Estados Unidos, descobriram que o declínio da capacidade de reconhecer cheiros pode estar associado à perda de função cognitiva de idosos e, portanto, é um sinal relevante para o diagnóstico do Alzheimer e de outras demências.
Em um estudo publicado nessa quinta-feira (28/7), na revista científica Alzheimer’s & Dementia, os cientistas detalharam como chegaram à conclusão.
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Alzheimer é uma doença degenerativa causada pela morte de células cerebrais e que pode surgir décadas antes do aparecimento dos primeiros sintomas
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Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista
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Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce
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Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano
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Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença
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Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns
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Segundo pesquisa realizada pela fundação Alzheimer’s Drugs Discovery Foundation (ADDF), a presença de proteínas danificadas (Amilóide e Tau), doenças vasculares, neuroinflamação, falha de energia neural e genética (APOE) podem estar relacionadas com o surgimento da doença
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O tratamento do Alzheimer é feito com uso de medicamentos para diminuir os sintomas da doença, além de ser necessário realizar fisioterapia e estimulação cognitiva. A doença não tem cura e o cuidado deve ser feito até o fim da vida
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Eles analisaram dados referentes a 515 idosos, que foram coletados ao longo de aproximadamente duas décadas pelo Projeto Memória e Envelhecimento da Universidade Rush (MAP).
Os pesquisadores se centraram na percepção de olfato dos voluntários, pois já era conhecido que as placas e emaranhados que caracterizam o cérebro de pessoas afetadas pelo Alzheimer, geralmente aparecem primeiro em áreas relacionadas à capacidade de reconhecer cheiros.
De acordo com os resultados obtidos, um declínio rápido no olfato de uma pessoa é o primeiro sinal para alterações características do Alzheimer, como menor volume de massa cinzenta e pior cognição. A partir desta informação, os cientistas sugerem que testes de olfato – uma ferramenta barata e simples – sejam incluídos nos exames de rotina de idosos para a identificação dos primeiros sinais de demência.
“Se pudéssemos identificar pessoas na faixa dos 40, 50 e 60 anos que correm maior risco desde o início, poderíamos ter informações suficientes para inscrevê-las em ensaios clínicos e desenvolver medicamentos melhores”, disse a estudante e autora do estudo, Rachel Pacyna.