1 de 1 Imagem colorida: idoso com mão no ouvido - Metrópoles
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Um estudo feito na Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, mostra que a perda da audição é um fator de risco importante para o desenvolvimento de demência entre idosos com mais de 70 anos. A gravidade da perda auditiva é diretamente proporcional ao dano cognitivo.
Os autores da pesquisa, publicada na terça-feira (10/1), no Journal of the American Medical Association (Jama), sugerem que ações de saúde pública que visam a preservação da audição devem ser priorizadas para poupar a população dos prejuízos.
Estima-se que a perda auditiva seja responsável por 8% dos casos globais de demência, tornando-se o maior fator de risco modificável para a condição em nível populacional. O novo estudo buscou esclarecer esta relação com mais detalhes.
Para tanto, os pesquisadores do Centro Coclear para Audição e Saúde Pública da Universidade Johns Hopkins analisaram dados de 2.413 idosos com 65 anos ou mais registrados no programa de saúde Medicare, ligado ao governo norte-americano. Pouco mais da metade dos participantes (53,3%) tinha 80 anos ou mais.
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O Parkinson, o Alzheimer e a demência são doenças neurodegenerativas que afetam principalmente a população idosa. As condições são progressivas e, com o passar do tempo, o paciente torna-se mais dependente do cuidado de terceiros
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É comum que, no estágio inicial, os sintomas sejam confundidos com o processo natural do envelhecimento. No entanto, familiares e pessoas próximas devem ficar atentas aos sinais
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Também é importante buscar ajuda de médicos, pois quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores serão as chances de controlar o caso e retardar o avanço das doenças, bem como aumentar a qualidade de vida dos pacientes
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O Parkinson provoca a morte de neurônios que produzem dopamina e desempenham papel importante no sistema locomotor. Os homens são os mais acometidos
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Os familiares do paciente devem ficar atentos aos primeiros sinais de lentidão, rigidez muscular e tremores frequentes, que são mais característicos desta condição
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O Alzheimer, por sua vez, afeta mais a população feminina. Ele provoca a degeneração e a morte de neurônios, o que resulta na alteração progressiva das funções cerebrais
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As consequências mais recorrentes são o comprometimento da memória, do comportamento, do pensamento e da capacidade de aprendizagem
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A demência é progressiva e os sintomas iniciais bastante conhecidos: perda de memória e confusão são os mais comuns. A condição atinge até 25% das pessoas com mais de 85 anos no Brasil
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Problemas na fala e dificuldade em tomar decisões também estão entre os sinais. Porém, há outros indícios sutis que podem alertar para o desenvolvimento de alguns tipos de doenças degenerativas
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Problemas de visão: um estudo feito no Reino Unido pela UK Biobank mostra que pessoas com degeneração macular relacionada à idade têm 25% mais chance de ter demência
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Perda auditiva: pode estar ligada a mudanças celulares no cérebro. Mas a perda de visão e audição pode levar o idoso ao isolamento social, que é conhecido há anos como um fator de risco para Alzheimer e outras formas de demência
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Mudanças de humor: pessoas com quadros iniciais de demência param de achar piadas engraçadas ou não entendem situações que costumavam achar divertidas e podem ter dificuldade de entender sarcasmo
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Problemas na gengiva: pesquisas apontam que a saúde bucal está relacionada a problemas mentais e pode estar ligada também à diabetes tipo 2, pressão alta, colesterol alto, obesidade e alcoolismo — todos também são fatores de risco para a demência
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Isolamento social: o sintoma pode aumentar o risco de doenças neurodegenerativas. A falta de paciência com amigos e familiares e a preferência por ficar sozinho podem ser sinais de problemas químicos no cérebro ou falta de vitaminas
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Outros sinais que podem indicar doenças neurodegenerativas, são: desinteresse pelas atividades habituais, dificuldade em executar tarefas do dia-a-dia, repetir conversas ou tarefas, Desorientação em locais conhecidos e dificuldade de memorização
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Três em cada dez voluntários (36,74%) apresentavam problemas de audição e 10,27% tinham o diagnóstico de demência. Uma avaliação mais detalhada mostrou que, a cada dez decibéis perdidos, o risco de demência aumentava cerca de 16%.
Ao combinar os dois fatores, os pesquisadores observaram que a prevalência de demência foi de 16,52% entre os idosos com perda severa da audição, 8,93% entre os com perda leve e 6,19% para aqueles com a audição normal.
O uso do aparelho auditivo foi associado à redução de 32% do risco de demência em comparação aos participantes que tinham problemas auditivos mas não usavam aparelho, sugerindo que o acesso ao equipamento pode contribuir com o prognóstico.
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