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Pepeca livre: ginecologistas dão dicas para manter a saúde íntima

Médicas explicam como evitar coceiras, mal cheiro e até doenças causadas por alterações do PH da vagina

atualizado

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Fabrice Poincelet/Getty Images
Mulher cobrindo a vagina
1 de 1 Mulher cobrindo a vagina - Foto: Fabrice Poincelet/Getty Images

Uma pepeca saudável demanda diversos cuidados, que por muito tempo na história da ciência médica foram negligenciados. Atualmente, existe cada vez mais consenso nas comunidades médica e científica de que, para além dos exames ginecológicos de rotina, que podem variar de semestrais a anuais dependendo de cada caso, é necessário tomar outros cuidados diários e evitar doenças, como aquelas provocadas por alterações na flora de defesa vaginal.

Ginecologistas consultadas pelo Metrópoles explicam essas alterações e orientam simples mudanças de hábitos para manter a saúde da região íntima em dia. Algumas delas são evitar que a região vaginal fique úmida, fazer a higiene de forma adequada, usar calcinha por menos tempo e, se usá-la, dar preferência para as de algodão,  além de manter distância dos protetores diários e sabonetes íntimos. Em resumo, deixe a pepeca o mais livre e ventilada possível.

Flora vaginal

“A flora vaginal é composta por milhões de micro-organismos que fazem a defesa da região íntima feminina e precisam estar em equilíbrio para não provocar doenças. Quando ocorre uma alteração do PH da vagina, pode ocorrer inflamação, coceira ou odor mais forte”, explica Silvana de Moura Vaconcellos, ginecologista do Hospital Santa Lúcia.

As alterações podem ser provocadas pelos mais diversos motivos. Alimentação, mudanças no clima, calça apertada, calcinha úmida, látex de preservativo, estresse, sêmen e menstruação, são alguns exemplos.

Segundo a médica, uma das formas de evitar esses problemas e, até mesmo, doenças como a candidíase, é não usar roupa muito apertada ou ficar o dia inteiro com as pernas cruzadas, pois isso deixa a região vaginal mais úmida. Ela também sugere dar preferência para as calcinhas de algodão, usar roupa mais larga e fresca em casa, dormir sem calcinha sempre que possível e deixar que a região fique ventilada o máximo possível.

Não abafa

“Chegou em casa? Coloca aquela camisola mais velha, com tecido mais molinho, ou uma calça de algodão mais confortável, um vestido, uma saia longa e solta, tudo para deixar a região íntima mais arejada. É importante evitar que a vagina fique abafada”, recomenda Jordana Diniz, ginecologista dos hospitais DF Star e Santa Luzia.

De acordo com a especialista, o conselho vale principalmente para as mulheres que estão em home office, uma medida adotada por empresas para evitar a exposição de funcionários ao coronavírus. “Home office não significa descuidar da beleza. Significa aproveitar esse tempo que pode ficar mais à vontade em casa para cuidar da saúde íntima também. No trabalho presencial, muitas mulheres precisam usar roupas mais desconfortáveis e ficam o dia todo com roupas mais quentes”, observa Jordana.

Outras dicas de saúde íntima são evitar uso de protetor diário e sabonete íntimo. “O protetor diário favorece o surgimento de corrimentos causados por fungos porque abafa a região. Alguns absorventes e protetores diários também têm perfume, isso não melhora a higiene da mulher, na verdade prejudica a flora vaginal natural dela. Quanto ao sabonete íntimo, não existe consenso nem protocolo que garanta menos corrimento vaginal ou higiene melhor graças ao seu uso. Se ele possuir perfume e produtos químicos associados, pode provocar a situação inversa, causando reações, como corrimento, irritação e alergias”, alerta a ginecologista.

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