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Pelo menos 16 países vacinam crianças contra a Covid. Veja regras

Na maioria desses locais, vacina não é obrigatória para crianças de 5 a 11 anos. É preciso que um dos pais ou responsável autorize aplicação

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Na imagem colorida, uma criança está sentada enquanto alguém aplica uma vacina no braço dela
1 de 1 Na imagem colorida, uma criança está sentada enquanto alguém aplica uma vacina no braço dela - Foto: baona/Getty Images

Com o avanço da vacinação contra a Covid-19, novas faixas etárias estão sendo incluídas nas filas da imunização. Depois de idosos, adultos e profissionais de saúde, chegou a vez das crianças: pelo menos 16 países já aprovaram o uso da vacina da Pfizer contra o coronavírus para o público entre 5 e 11 anos.

São eles: Alemanha, Argentina, Áustria, Canadá, Chile, China, Cuba, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, França, Grécia, Hungria, Israel, Itália e Portugal. Outras nações, como o Reino Unido e o Brasil, aprovaram a vacinação, mas ainda não começaram a imunizar as crianças.

Argentina, China e Chile já vacinam, inclusive, a população entre 3 e 5 anos, além da faixa etária até os 11. Porém, esses países usam outros imunizantes que não o da Pfizer, como a Coronavac e a da Sinopharm. Cuba vacina crianças a partir dos 2 anos com a Soberana 02, criada e produzida na ilha caribenha.

Na maioria das nações, a imunização não é obrigatória para quem tem entre 5 e 11 anos, e é preciso acompanhamento de um dos pais ou responsável para receber a dose.

Argentina (com a Sinopharm), Cuba, Dinamarca, Espanha, Grécia, Hungria, Israel, Áustria e Itália não exigem prescrição. Assim também é no Chile, que iniciou a vacinação infantil em 6 de dezembro, e no Canadá, que desde novembro imuniza as crianças. Na Alemanha e nos Estados Unidos, a única autorização exigida é de pais ou responsáveis. Por outro lado, França e Portugal autorizam a aplicação apenas em crianças com alto risco de contrair a forma grave da Covid-19.

Na China, a vacinação é voluntária. Mesmo assim, alguns governos locais dizem que os alunos não terão permissão para voltar à escola a menos que sua família inteira tenha sido imunizada com duas doses.

Em geral, a aplicação das vacinas não começa imediatamente após a autorização das agências regulatórias. Depois do sinal verde, os governos ainda precisam organizar a campanha e comprar as doses específicas para crianças, que são diferentes das aplicadas em adultos.

No caso dos países europeus, o processo demora um pouco mais. A agência regulatória europeia, a EMA, representa todo o bloco, e faz sua recomendação de forma independente – cabe a cada nação decidir se vai acatar ou não a decisão do órgão.

Confira as regras de vacinação em alguns países que já começaram a aplicar as doses em crianças:

França

Os países europeus usam a recomendação da EMA, emitida em 25/12, e o governo de cada nação decide se vai ou não acatar a decisão do bloco. Na França, foi feita uma pesquisa com pais e profissionais de saúde para definir sobre a vacinação de crianças de 5 a 11 anos, e a Haute Autorité de Santé (HAS) bateu o martelo em 30 de novembro alegando que os imunizantes são seguros e eficazes.

A aplicação para as faixas etárias começou em 15 de dezembro com crianças de grupos de risco que moram com pessoas vulneráveis e, em 22 de dezembro, foi estendida para toda a população – porém, não é obrigatória. Há um médico no local de vacinação, que avalia a criança antes de liberá-la para receber a dose. O paciente deve estar acompanhado de um dos pais, e é necessário assinar uma autorização para receber a vacina.

Alemanha

A imunização também não é obrigatória na Alemanha, mas recomendada pelo Standing Vaccination Commission (STIKO), órgão responsável por definir assuntos relativos à vacina, para crianças que tenham outras doenças prévias. A vacinação começou em 15 de dezembro, cerca de 20 dias após a recomendação da EMA.

Indivíduos que não se encaixam em um grupo de risco “podem ser vacinados se assim o desejarem e após orientação médica”.

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A vacina é específica para crianças e tem concentração diferente da utilizada em adultos. A dose da Comirnaty equivale a um terço da aplicada em pessoas com mais de 12 anos
A tampa do frasco da vacina virá na cor laranja, para facilitar a identificação pelas equipes de imunização e também por pais, mães e cuidadores que levarão as crianças para receberem a aplicação do fármaco
Desde o início da pandemia, mais de 300 crianças entre 5 e 11 anos morreram em decorrência do coronavírus no Brasil
Isso corresponde a 14,3 mortes por mês, ou uma a cada dois dias. Além disso, segundo dados do Ministério da Saúde, a prevalência da doença no público infantil é significativa. Fora o número de mortes, há milhares de hospitalizações
De acordo com a Fiocruz, vacinar crianças contra a Covid é necessário para evitar a circulação do vírus em níveis altos, além de assegurar a saúde dos pequenos
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A Anvisa aprovou, em 16 de dezembro, a aplicação do imunizante da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos. Para isso, será usada uma versão pediátrica da vacina, denominada Comirnaty

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A vacina é específica para crianças e tem concentração diferente da utilizada em adultos. A dose da Comirnaty equivale a um terço da aplicada em pessoas com mais de 12 anos

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A tampa do frasco da vacina virá na cor laranja, para facilitar a identificação pelas equipes de imunização e também por pais, mães e cuidadores que levarão as crianças para receberem a aplicação do fármaco

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Desde o início da pandemia, mais de 300 crianças entre 5 e 11 anos morreram em decorrência do coronavírus no Brasil

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Isso corresponde a 14,3 mortes por mês, ou uma a cada dois dias. Além disso, segundo dados do Ministério da Saúde, a prevalência da doença no público infantil é significativa. Fora o número de mortes, há milhares de hospitalizações

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De acordo com a Fiocruz, vacinar crianças contra a Covid é necessário para evitar a circulação do vírus em níveis altos, além de assegurar a saúde dos pequenos

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Contudo, desde o aval para a aplicação da vacina em crianças, a Anvisa vem sofrendo críticas de Bolsonaro, de apoiadores do presidente e de grupos antivacina

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Para discutir imunização infantil, o Ministério da Saúde abriu consulta pública e anunciou que a vacinação pediátrica teria início em 14 de janeiro. Além disso, a apresentação de prescrição médica não será obrigatória

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Inicialmente, a intenção do governo era exigir prescrição. No entanto, após a audiência pública realizada com médicos e pesquisadores, o ministério decidiu recuar

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De acordo com a pasta, o imunizante usado será o da farmacêutica Pfizer e o intervalo sugerido entre cada dose será de oito semanas. Caso o menor não esteja acompanhado dos pais, ele deverá apresentar termo por escrito assinado pelo responsável

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Além disso, apesar de não ser necessária a prescrição médica para vacinação, o governo federal recomenda que os pais procurem um profissional da saúde antes de levar os filhos para tomar a vacina

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Segundo dados da Pfizer, cerca de 7% das crianças que receberam uma dose da vacina apresentaram alguma reação, mas em apenas 3,5% os eventos tinham relação com o imunizante. Nenhum deles foi grave

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Países como Israel, Chile, Canadá, Colômbia, Reino Unido, Argentina e Cuba, e a própria União Europeia, por exemplo, são alguns dos locais que autorizaram a vacinação contra a Covid-19 em crianças

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Nos Estados Unidos, a imunização infantil teve início em 3 de novembro. Até o momento, mais de 5 milhões de crianças já receberam a vacina contra Covid-19. Nenhuma morte foi registrada e eventos adversos graves foram raros

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A decisão do Ministério da Saúde de prolongar o intervalo das doses do imunizante contraria a orientação da Anvisa, que defende uma pausa de três semanas entre uma aplicação e outra para crianças de 5 a 11 anos

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Itália

O país, que sofreu bastante com a pandemia de Covid-19 nos primeiros meses de 2020, decidiu seguir a recomendação da EMA duas semanas depois de a agência regulatória divulgar a aprovação do imunizante da Pfizer para crianças entre 5 e 11 anos.

O pequeno deve estar acompanhado de um dos pais ou responsável, e é necessário fazer agendamento para receber a dose. A vacina não é obrigatória para essa faixa etária.

O ministro da Saúde do país, Roberto Speranza, que tem filhos pequenos, afirmou que irá vaciná-los, e fez um apelo para que os pais confiem nos pediatras. Ele disse ainda que a imunização de crianças pequenas é um assunto polêmico, mas que “não deve ser discutido em bares, talk shows e redes sociais”.

Portugal

Um dos países com maior índice de vacinação contra a Covid-19 do mundo, Portugal começou a imunizar as crianças entre 5 e 11 anos no dia 18 de dezembro, 23 dias após a recomendação da EMA. É preciso fazer agendamento antes de procurar o posto de saúde para receber a dose, e foi dada preferência a crianças que estão em algum grupo de risco e tenham prescrição médica, antes de abrir a ação por faixa etária.

A Sociedade Portuguesa de Pediatria emitiu um comunicando confirmando a eficácia e segurança dos imunizantes, e pediu que a população procure tirar suas dúvidas com profissionais de saúde, e não por meio das redes sociais.

Estados Unidos

O FDA, órgão equivalente à Anvisa, foi um dos primeiros a aprovar o uso da vacina da Pfizer em crianças entre 5 e 11 anos, em 29 de outubro. A imunização desse público começou em 3 de novembro. Lá, é possível encontrar a vacina até em farmácias, e não é preciso nenhum tipo de atestado ou autorização dos pais para receber a dose.

O governo americano alerta que o imunizante é seguro e eficaz, mas crianças podem ter alguns efeitos colaterais leves, como dor no local, dor de cabeça e muscular, e febres baixas que duram alguns dias, como nos adultos. “Os benefícios da vacinação são maiores do que os riscos conhecidos e potenciais”, afirma o CDC, equivalente ao Ministério da Saúde do país.

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