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Pegar Covid pela 2ª vez aumenta a imunidade? E depois da vacina?

Ômicron provoca mais reinfecções que cepas anteriores. Especialistas explicam se ter doença mais de uma vez ajuda na resposta imunológica

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1 de 1 coronavírus ilustração - Foto: Getty Images

A variante Ômicron trouxe um nova dinâmica para a pandemia mundial provocada pelo coronavírus. Pegar a doença pela 2ª vez se tornou mais comum, mesmo para quem já estava vacinado.

Uma questão importante para a comunidade científica passou a ser entender como as sucessivas infecções impactam o organismo e a imunidade ao vírus.

Em artigo publicado no site The Conversation, o professor Paul Hunter, que dá aulas de medicina na Universidade de East Anglia, explica que estudos iniciais sugerem que o risco de reinfecção aumentou após a chegada da variante Ômicron.

Há duas razões para isso, explica Hunter: as mutações fizeram com que o vírus escapasse da imunidade prévia adquirida ou a proteção dos recuperados da infecção foi diminuindo com o tempo.

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Ao contrário do que muitos pensam, a vacina, na verdade, não impede a contaminação, mas diminui as chances de casos mais graves que possam levar à morte. Por isso é importante continuar tomando as doses indicadas e manter os cuidados para prevenir a infecção
Em outras palavras, o principal objetivo da vacina não é barrar a infecção, mas impedir que o coronavírus cause complicações graves, principalmente se tratando de grupos mais vulneráveis, como crianças e idosos
Vacinas como a da gripe, por exemplo, funcionam da mesma maneira há décadas. A proteção fornecida pelo imunizante atua contra formas mais severas da influenza e ajuda a diminuir a quantidade de casos que poderiam colapsar sistemas de saúde
Segundo especialistas, a necessidade de reforçar as doses da vacina existe porque a imunidade contra o vírus não dura para sempre. Além do fato de o coronavírus apresentar grande potencial de mutação, muitas vacinas, como a da Covid, precisam ser reaplicadas de tempo em tempo para garantir a proteção necessária
A variante Ômicron é mais transmissível e consegue “desviar” da imunidade cedida pela vacina. Sendo assim, mesmo que estejamos com todas as doses em dia, a chance de contrair o vírus estando exposto a aglomerações, sem seguir as devidas normas sanitárias, existe
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Mesmo em países com alta taxa de imunização, o número de vacinados infectados pela Covid está crescendo. Apesar de o que possa parecer, isso não significa que os imunizantes não funcionam

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Ao contrário do que muitos pensam, a vacina, na verdade, não impede a contaminação, mas diminui as chances de casos mais graves que possam levar à morte. Por isso é importante continuar tomando as doses indicadas e manter os cuidados para prevenir a infecção

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Em outras palavras, o principal objetivo da vacina não é barrar a infecção, mas impedir que o coronavírus cause complicações graves, principalmente se tratando de grupos mais vulneráveis, como crianças e idosos

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Vacinas como a da gripe, por exemplo, funcionam da mesma maneira há décadas. A proteção fornecida pelo imunizante atua contra formas mais severas da influenza e ajuda a diminuir a quantidade de casos que poderiam colapsar sistemas de saúde

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Segundo especialistas, a necessidade de reforçar as doses da vacina existe porque a imunidade contra o vírus não dura para sempre. Além do fato de o coronavírus apresentar grande potencial de mutação, muitas vacinas, como a da Covid, precisam ser reaplicadas de tempo em tempo para garantir a proteção necessária

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A variante Ômicron é mais transmissível e consegue “desviar” da imunidade cedida pela vacina. Sendo assim, mesmo que estejamos com todas as doses em dia, a chance de contrair o vírus estando exposto a aglomerações, sem seguir as devidas normas sanitárias, existe

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O atual aumento nos diagnósticos positivos podem ser explicados por aglomerações causadas nas festas de fim de ano, aniversários, feriados prolongados, etc.

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No entanto, é clara a desaceleração das mortes em todo o mundo, o que reforça a importância da vacinação, principalmente em um cenário de circulação da Ômicron

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As reinfecções por Covid-19 podem fortalecer a imunidade?

Para Hunter, é quase certo que pegar a doença pela segunda vez aumenta a imunidade contra o vírus. “Contra a infecção pela Ômicron, uma única infecção anterior oferece proteção semelhante a duas doses de vacina. Portanto, é razoável supor que as reinfecções também vão aumentar a imunidade”, explicou no texto.

O infectologista César Carranza, do Hospital Anchieta de Brasília, também aposta que a reinfecção aumenta a imunidade, mas, segundo ele, ainda não se sabe o quanto.

O médico afirma que ter contato com o vírus antes de receber a imunização resultará em uma defesa ainda mais potente quando a vacina for aplicada. Mas, o contrário não se verifica: quem pega a Covid depois da vacina não está com a imunidade potencializada.

O especialista lembra que o sistema imunológico é bastante complexo e sua atuação varia muito entre as pessoas. Além de hábitos de vida – como a alimentação e a prática de exercícios físicos, contam o histórico de saúde do paciente – como as comorbidades existentes e os micro-organimos aos quais já foi exposto.

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