Pedro Qualy: caso de rapper que sofreu convulsão jogando game é comum?
Na quarta-feira (26/8), o músico sofreu uma crise convulsiva ao vivo enquanto participava de uma live
atualizado
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O rapper Pedro Qualy assustou seus seguidores ao ter uma crise convulsiva durante uma live na quarta-feira (26/8). Após o episódio, Pedro relatou que nunca tinha apresentado o sintoma, mas acrescentou que, nos últimos dias, vinha se alimentando mal, dormindo pouco e passando horas jogando games.
A convulsão é um distúrbio no qual ocorre uma contração involuntária dos músculos do corpo ou de uma parte dele, por causa de um excesso de atividade elétrica no cérebro.
As convulsões podem ser desencadeadas por diversas situações, sendo as principais:
* Febre alta, principalmente em crianças com menos de 5 anos;
* Doenças como epilepsia, meningite, tétano, encefalite, por exemplo;
* Traumatismo craniano;
* Abstinência depois do consumo de longa duração de álcool e drogas;
* Reação adversa de alguns medicamentos;
* Problemas do metabolismo como na diabetes, insuficiência renal ou hipoglicemia, por exemplo;
* Falta de oxigênio no cérebro.
O caso de Pedro ainda será investigado por médicos mas, conforme, ele mesmo citou em vídeo, o fato de ter estado várias horas em frente ao videogame pode ter desencadeado a reação.
“É provável que ele tenha uma tendência a apresentar crises epilépticas que, neste caso, teria acontecido por conta do excesso de estímulos luminosos”, explica a neurologista Liliane Ângela de Oliveira, do Hospital Brasília.
Ela reforça que o videogame, em si, não seria a causa do problema. Mas, a predisposição, que é anterior à crise convulsiva. “Não significa que todas as pessoas que passam muitas horas em frente ao videogame terão crises convulsivas, mas significa que há esse risco caso haja uma predisposição para a epilepsia”, detalha.
A médica reforça que é adequado limitar o número de horas em frente ao computador, videogames e televisões. “O uso prolongado de telas está relacionado há dores de cabeça e problemas de acuidade visual. E, em caso de predisposição para a epilepsia, pode ser sim o gatilho para uma crise convulsiva”, afirma Liliane Ângela de Oliveira.