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Pedras nos rins: casos como o de Alexandre Nero aumentam no verão

As fortes dores provocadas pelas pedras nos rins afastaram o ator temporariamente das gravações de Travessia

atualizado

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O ator Alexandre Nero precisou se afastar das gravações da novela Travessia recentemente depois de sofrer uma crise renal. Pelas redes sociais, o intérprete do personagem Stenio contou que teve “a pior dor que já sentiu na vida”. O cálculo renal, ou pedras nos rins, é um problema comum, com cerca de 150 mil casos por ano no Brasil.

A incidência de casos aumenta cerca de 30% durante o verão, em comparação com outros períodos do ano, de acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). O aumento da transpiração no calor, sem a hidratação adequada para supri-la, é a principal causa.

O nefrologista Pedro Mendes, do Hospital Brasília (Dasa), alerta que não basta retirar as pedras. Os pacientes devem procurar um nefrologista para investigar a causa e fazer o tratamento específico para evitar novos episódios.

“O cálculo é a ponta do iceberg. Retirar não é tratar. É importante fazer a investigação laboratorial”, pontua Mendes.

Sintomas

Na maioria dos casos, o cálculo renal não é grave, mas pode provocar dores intensas, beirando o insuportável, como as relatadas por Nero. Elas começam nas costas e são irradiadas para o abdômen em direção à virilha. Outros sintomas comuns são:

  • Náuseas e vômitos;
  • Sangue na urina;
  • Suspensão ou diminuição do fluxo urinário;
  • Necessidade de urinar com mais frequência;
  • Infecções urinárias.

Como prevenir

Beber água regularmente é a principal medida para evitar a formação de pedras nos rins. “Quanto mais líquido é ingerido, mais o paciente dilui as substâncias na urina e mais xixi faz, dificultando a formação dos cálculos”, explica Mendes.

O problema também pode ser prevenido com o consumo de frutas cítricas ricas em citrato, uma substância que mantém o PH da urina em um nível adequado para evitar a formação dos cálculos.

Causas

As pedras nos rins podem ser provocadas por doenças endócrinas ou hematológicas, mas o mais comum são os problemas renais, quando o próprio rim excreta algumas substâncias em excesso na urina, como cálcio.

“Imagine colocar açúcar na água. Em um momento ele não será mais diluído e começa a precipitar. No caso do rim, o passo seguinte é a formação do cálculo”, explica Mendes.

O nefrologista explica que a condição pode ser grave quando as pedras param no meio do caminho, obstruindo a passagem e causando uma infecção em conjunto. Há ainda casos de pacientes que têm cálculos de estruvita (cálculos de infecção), provocados por uma bactéria e que calcificam todo o rim. “É um caso muito específico. O paciente pode até perder o rim, sendo necessária a retirada”, afirma Mendes.

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