1 de 1 Foto de um pé sendo testado
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O pé diabético, caracterizado pelo aparecimento de feridas de difícil cicatrização, é um dos mais preocupantes sinais da diabetes, doença crônica que consiste no aumento dos níveis de açúcar no sangue.
Feridas e machucados no pé diabético podem provocar quadros infecciosos, com inchaço, vermelhidão e dor. “O diabético tem uma deficiência imunológica, ou seja, uma redução das defesas que provoca maior suscetibilidade às infecções”, explica o cirurgião vascular Guilherme Tazbek, acrescentando que umas das complicações possíveis nestes casos é a necessidade de amputação do órgão.
A diabetes é uma doença que tem como principal característica o aumento dos níveis de açúcar no sangue. Grave e, durante boa parte do tempo, silenciosa, ela pode afetar vários órgãos do corpo, tais como: olhos, rins, nervos e coração, quando não tratada
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A diabetes surge devido ao aumento da glicose no sangue, que é chamado de hiperglicemia. Isso ocorre como consequência de defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas
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A função principal da insulina é promover a entrada de glicose nas células, de forma que elas aproveitem o açúcar para as atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação ocasiona o acúmulo de glicose no sangue, que em circulação no organismo vai danificando os outros órgãos do corpo
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Uma das principais causas da doença é a má alimentação. Dietas ruins baseadas em alimentos industrializados e açucarados, por exemplo, podem desencadear diabetes. Além disso, a falta de exercícios físicos também contribui para o mal
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A diabetes pode ser dividida em três principais tipos. A tipo 1, em que o pâncreas para de produzir insulina, é a tipagem menos comum e surge desde o nascimento. Os portadores do tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina para manter a glicose no sangue em valores normais
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Já a diabetes tipo 2 é considerada a mais comum da doença. Ocorre quando o paciente desenvolve resistência à insulina ou produz quantidade insuficiente do hormônio. O tratamento inclui atividades físicas regulares e controle da dieta
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A diabetes gestacional acomete grávidas que, em geral, apresentam histórico familiar da doença. A resistência à insulina ocorre especialmente a partir do segundo trimestre e pode causar complicações para o bebê, como má formação, prematuridade, problemas respiratórios, entre outros
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Além dessas, existem ainda outras formas de desenvolver a doença, apesar de raras. Algumas delas são: devido a doenças no pâncreas, defeito genético, por doenças endócrinas ou por uso de medicamento
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É comum também a utilização do termo pré-diabetes, que indica o aumento considerável de açúcar no sangue, mas não o suficiente para diagnosticar a doença
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Os sintomas da diabetes podem variar dependendo do tipo. No entanto, de forma geral, são: sede intensa, urina em excesso e coceira no corpo. Histórico familiar e obesidade são fatores de risco
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Alguns outros sinais também podem indicar a presença da doença, como saliências ósseas nos pés e insensibilidade na região, visão embaçada, presença frequente de micoses e infecções
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O diagnóstico é feito após exames de rotina, como o teste de glicemia em jejum, que mede a quantidade de glicose no sangue. Os valores de referência são: inferior a 99 mg/dL (normal), entre 100 a 125 mg/dL (pré-diabetes), acima de 126 mg/dL (Diabetes)
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Qualquer que seja o tipo da doença, o principal tratamento é controlar os níveis de glicose. Manter uma alimentação saudável e a prática regular de exercícios ajudam a manter o peso saudável e os índices glicêmicos e de colesterol sob controle
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Quando a diabetes não é tratada devidamente, os níveis de açúcar no sangue podem ficar elevados por muito tempo e causar sérios problemas ao paciente. Algumas das complicações geradas são surdez, neuropatia, doenças cardiovasculares, retinoplastia e até mesmo depressão
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A base do tratamento para o pé diabético é o cuidado com as lesões, por meio de curativos e medicações indicadas para a cicatrização, além de antibióticos.
“Sabemos que, comumente, essas alterações ocorrem em pacientes que tem a doença por um longo prazo e controle débil, ou seja, um diabetes não controlado. As medidas educacionais, a dieta, além do controle com medicamentos são de grande importância para evitar essas complicações”, acrescenta o cirurgião vascular.
Há ainda a possibilidade da diabetes evoluir para alterações neurológicas, que levam à perda da sensibilidade nos membros, diminuição da sudorese e falta da sensação de dor. Quando isso ocorre, o paciente precisa ficar atento para machucados que, apesar de não causarem dor, podem infeccionar.
Realizar regularmente caminhadas e atividades físicas;
Não fumar;
Examinar periodicamente os pés, verificando a sola e as regiões entre os dedos;
Secar bem os pés, principalmente entre os dedos;
Usar talcos nos pés para evitar o aparecimento de frieiras;
Utilizar cremes hidratantes nos calcanhares;
Não andar descalço;
Evitar o uso de compressas de água quente, que podem causar queimaduras;
Utilizar sapatos confortáveis, de preferência com bico redondo;
Examinar atentamente o calçado antes de utilizá-lo.
Com os cuidados necessários e a visita regular a um médico, é possível evitar a progressão para casos graves. “É importante sempre estar ciente de que você tem uma doença. Sabendo disso, os cuidados evitarão as complicações e aumentarão a qualidade de vida”, afirma o médico.
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