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Pazuello diz que quarta onda da pandemia será de problemas na saúde mental

Ações de Educação em Saúde em Defesa da Vida foi inaugurado nesta sexta-feira (11/9), no Ceará, com a presença da ministra Damares Alves

atualizado

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Ministro Eduardo Pazuello
1 de 1 Ministro Eduardo Pazuello - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O ministro da Saúde interino, Eduardo Pazuello e a ministra da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, participaram na manhã desta sexta-feira (11/9) do lançamento do projeto Ações de Educação em Saúde em Defesa da Vida, no Centro Universitário Christus (Unichristus), em Fortaleza. O encontro marcou o início do primeiro ciclo do programa, que aborda a saúde mental, com o foco na prevenção do suicídio e da automutilação, dentro da campanha Setembro Amarelo.

O projeto visa qualificar profissionais da saúde, educadores da rede pública e privada de ensino, líderes de associações religiosas, profissionais de conselhos tutelares, entidades beneficentes e movimentos sociais com uma série de atividades educativas à distância, que contemplam a realização de quatro ciclos de promoção e prevenção em saúde.

No encontro, Pazuello destacou que a pandemia da Covid-19 passará por quatro ondas, sendo a última com prejuízos à saúde mental das pessoas. “A primeira é a pandemia propriamente dita, que é a contaminação, com alguns óbitos, infelizmente. Coloco dessa forma porque não são números, são pessoas. Apesar de tudo o que foi feito tivemos óbitos e lamentamos todos eles”, destacou.

Na sequência, o ministro colocou a crise econômica como a segunda onda e ressaltou a dificuldade de repor toda a “necessidade de tratamento de saúde de doenças graves que ficaram à reboque da pandemia”. A violência doméstica, com a ruptura do núcleo familiar, seria a terceira onda, na visão dele, seguida pelos problemas de saúde mental como a depressão, o suicídio e a automutilação.

“É por isso que nós estamos saindo na frente para a quarta onda. Não é de hoje, isso é um programa que começou há bastante tempo no ministério. É uma construção”, completou.

Pazuello afirmou que está em constante observação sobre todos os tipos de remédio, medicamentos e outros tipos de compostos para controle e tratamento psiquiátrico, inclusive os com canabidiol.

“O Ministério da Saúde vem trabalhando na legalização, na implementação, não do medicamento, mas dos princípios ativos que permitem ter o uso para o combate a algumas doenças mentais de componentes da maconha que vão formar medicamentos ou algum tipo de terapia que melhore as pessoas. Teremos essa disponibilização no SUS (Sistema Único de Saúde)”, garantiu.

Segundo Damares, a projeção pós-pandemia é de que haja “angústia, depressão, sofrimento e dor”. “É natural, em todas as pandemias, o pós-pandemia é doloroso”, disse. Ela lembrou os episódios de estupro e tentativa de suicídio que sofreu aos 6 e 10 anos para ressaltou a importância do acolhimento e tratamento da saúde mental. “Eu sou sobrevivente da pedofilia e sou sobrevivente do suicídio também”, pontuou.

O presidente da Sociedade Brasileira de Psiquiatria, Antônio Geraldo, falou sobre o papel da sociedade na prevenção do problema. “O preconceito é que faz com que os nossos pacientes não sejam tratados como devem. O tratamento de quem padece de saúde mental deve ser ambulatorial. A gente precisa de ambulatório de psiquiatria no sistema público”, disse Geraldo.

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