Paxlovid reduz significativamente mortes de idosos por Covid em estudo
Pesquisadores de Israel analisaram a eficácia do medicamento em pessoas com mais de 40 anos, vacinados ou não contra o coronavírus
atualizado
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Um grande estudo feito em Israel mostrou que o antiviral Paxlovid, fabricado pela Pfizer, reduz significativamente o risco de hospitalização e morte por Covid-19 entre idosos. O medicamento é o mesmo que foi usado pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em julho deste ano, quando foi diagnosticado com a infecção.
No Brasil, o Paxlovid é liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde maio de 2022. Ele é indicado para uso imediato após os primeiros sintomas da doença por adultos que têm o diagnóstico positivo e possuem alto risco de progressão para quadro grave.
A pesquisa feita na Clalit Health Services, organização de serviços de saúde de Israel, é uma das primeiras a analisar a eficácia do medicamento no mundo real. Os resultados foram revisados por pares e publicados na revista científica The New England Journal of Medicine, em 24 de agosto.
Ela foi feita entre janeiro e março deste ano, quando o país vivia uma onda de casos provocados pela variante Ômicron. Ao contrário do que foi observado em um estudo anterior da Pfizer, o uso do Paxlovid não mostrou resultados significativos no tratamento de adultos com idade entre 40 e 64 anos com comorbidades.
Estudo israelense
Os cientistas analisaram dados de aproximadamente 110 mil pacientes com média de idade de 60 anos – o mais novo tinha 40 anos –, com diagnóstico positivo para a Covid-19. Todos eram considerados de alto risco. A maioria dos participantes estava vacinada, tinha histórico de infecção anterior pelo coronavírus ou se encaixava nos dois perfis.
Entre os 42.821 pacientes com 65 anos ou mais, 2.484 foram tratados com o Paxlovid. Ao final do estudo, 766 dos que não foram medicados precisaram ser hospitalizados com Covid-19 e apenas 11 dos que tomaram o medicamento foram hospitalizados, o que indica uma redução de risco de 73%.
O medicamento também se mostrou eficiente para evitar mortes, com 79% de diminuição da chance de óbito. Ao todo, 158 dos 40.337 pacientes idosos não tratados faleceram, e dois que usaram o Paxlovid morreram.
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