Paulinha Abelha está no estágio 3 do coma; saiba o que isso significa
Os médicos classificaram o estado da cantora Paulinha Abelha, do Calcinha Preta, em coma desde 16 de fevereiro, como o de maior gravidade
atualizado
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Internada desde 11 de fevereiro em Sergipe, a cantora Paulinha Abelha, 43 anos, segue em coma profundo, com uma classificação número três na Escala de Glasgow, de acordo com os médicos responsáveis pelo tratamento da vocalista do Calcinha Preta.
A escala desenvolvida em 1974, na Universidade de Glasgow, na Escócia, é usada por médicos para avaliar trauma, permitindo a identificação de problemas neurológicos, a avaliação do nível de consciência da pessoa por meio da observação de seu comportamento e ainda prever o prognóstico.
Ela varia de três a 15, sendo 15 a pontuação que representa um nível de consciência normal, enquanto pacientes com menos de seis são considerados em estágio vegetativo e 3 o estágio mais grave, caracterizado como morte cerebral. No entanto, é necessário avaliar outros parâmetros, para ter a confirmação.
Em coletiva de imprensa realizada nessa terça-feira (22/2), o neurologista Marcos Aurélio Alves ressaltou que “coma é uma condição reversível. Em nenhum momento falamos em morte cerebral”.
“Existe o coma profundo, que traduz uma injúria encefálica severa, mas não existe o conceito de irreversibilidade ainda”, disse Alves.
Paulinha foi internada em 11 de fevereiro após sentir um mal-estar durante a turnê com o grupo Calcinha Preta pelo estado de São Paulo. Ao desembarcar na capital de Sergipe, foi encaminhada a um hospital, onde, posteriormente, foi identificada uma bactéria no cérebro.
Segundo o boletim médico, liberado na manhã desta terça-feira (22/2), a vocalista segue em coma na UTI e com a necessidade de hemodiálise para ajuste da função renal e respirando com ajuda de aparelhos. Apesar do quadro grave, não há necessidade de medicamentos para ajuste de pressão e a oxigenação da cantora está adequada.
Escala de Glasgow
A avaliação da Escala de Coma de Glasgow, como também é conhecida, é feita a partir de três parâmetros: abertura ocular, reação motora e resposta verbal. Cada um deles contém variáveis com pontuações diferentes. Entenda:
Abertura ocular: espontânea (4), quando estimulado pela voz (3), quando estimulado pela dor (2), ausente (1), não aplicável (edema ou hematoma que possibilita a abertura dos olhos);
Resposta verbal: orientada (5), confusa (4), apenas palavras (3), apenas sons/gemidos (2), sem resposta (1), não aplicável (pacientes intubados);
Resposta motora: obedece a ordens (6), localiza a dor/estímulo (5), flexão normal (4), flexão anormal (3), extensão anormal (2), ausência de resposta (1).
A classificação é feita cerca de seis horas após o trauma. Durante as primeiras horas, na maior parte dos casos, os pacientes são sedados para serem intubadas ou para sentirem menos dor, o que pode interferir na avaliação do nível de consciência. (Com informações do portal Tua Saúde)