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Partículas de areia podem atuar contra a obesidade, aponta estudo

Pesquisadores testaram uma variedade de tamanhos e formas de sílica em uma simulação do intestino humano depois de uma refeição pesada

atualizado

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1 de 1 areia em fundo preto - Foto: GettyImages

O excesso de peso é uma condição que desencadeia outras várias enfermidades no corpo. Segundo dados de 2022 do Atlas Mundial da Obesidade, a doença deve atingir 25% da população adulta do Brasil em 2030. Buscando soluções para o problema, cientistas da Universidade da Austrália Meridional realizaram um estudo com partículas porosas de sílica, mineral encontrado em rochas e na areia.

Na pesquisa, publicada na revista científica Pharmaceutics, os cientistas utilizaram partículas de sílica feitas a partir de areia purificada com a intenção de provocar a perda de peso. Os resultados do estudo apoiam a ideia de que o mineral presente na areia pode impedir os processos digestivos desencadeados por enzimas que quebram gordura, colesterol, amidos e açúcares no estômago e intestino.

Os pesquisadores testaram uma variedade de tamanhos e formas de sílica em uma simulação do intestino humano após uma refeição pesada. O modelo feito em laboratório foi criado para avaliar duas situações: uma de meia hora de digestão gástrica e outra de uma hora, que também considerava a absorção intestinal. A quebra da gordura foi monitorada pela quantidade de ácido graxo absorvida, enquanto a do amido foi observada pela concentração de açúcares absorvidos.

De acordo com os cientistas, as amostras de sílica ideais eram micropartículas do mineral com larguras de poros entre 6 e 10 nanômetros. De acordo com o levantamento, elas são capazes de inibir enzimas e “sequestrar” alguns nutrientes do trato gastrointestinal antes de eles irem para a corrente sanguínea.

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No entanto, o que entendemos normalmente como colesterol é, na verdade, um somatório de diferentes tipos: os famosos HDL e LDL
O LDL, conhecido como colesterol "ruim", quando está em níveis altos, pode formar uma placa nas paredes das artérias, dificultando ou impedindo a passagem do sangue
Quanto mais elevadas as taxas de LDL, maior o risco de doenças cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC)
Apesar de silencioso, alguns sinais podem dar indícios do problema
São eles: xantelasmas e xantomas (pequenas bolinhas de gordura que aparecem na pele), dores na barriga, nos dedos dos pés e das mãos
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O colesterol é um composto gorduroso essencial para produção da estrutura das membranas celulares e de alguns hormônios

Sebastian Kaulitzki/Science Photo Library/Getty Images
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No entanto, o que entendemos normalmente como colesterol é, na verdade, um somatório de diferentes tipos: os famosos HDL e LDL

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O LDL, conhecido como colesterol "ruim", quando está em níveis altos, pode formar uma placa nas paredes das artérias, dificultando ou impedindo a passagem do sangue

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Quanto mais elevadas as taxas de LDL, maior o risco de doenças cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC)

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Apesar de silencioso, alguns sinais podem dar indícios do problema

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São eles: xantelasmas e xantomas (pequenas bolinhas de gordura que aparecem na pele), dores na barriga, nos dedos dos pés e das mãos

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Para controlar o colesterol ruim é importante realizar, por exemplo, exercícios durante 30 minutos por dia, três vezes por semana

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Aumentar a ingestão de fibras solúveis, como farinha e farelos de aveia, que absorvem o excesso de colesterol no intestino e o eliminam do corpo

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Aumentar a ingestão de gorduras saudáveis, que estão presentes no azeite extravirgem e nos alimentos ricos em ômega 3

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E aumentar a ingestão de bebidas como chá-preto e suco de berinjela, que também ajudam no controle do colesterol

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No entanto, os autores reconhecem que o modelo é muito simples para imitar perfeitamente a complexidade do intestino humano durante a digestão, sendo necessários outros estudos. As simulações intestinais, em conjunto com os modelos animais, são utilizados por conta de uma norma ética.

Ao contrário do intestino humano, a simulação é responsável tanto pela digestão de gorduras quanto de carboidratos. Os cientistas também analisaram o grau em que a matéria orgânica pode ser absorvida no trato gastrointestinal com o auxílio da sílica.

Estudos anteriores

Em 2014, pesquisadores descobriram que camundongos com dietas ricas em gordura engordavam menos quando ingeriam sílica porosa, além de ter o percentual do lipídio reduzido. Desde então, a forma e o tamanho corretos do mineral estão sendo avaliados pelos cientistas.

Em 2020, outro estudo usou o material em dez humanos com obesidade. Os resultados mostram que a sílica pode reduzir os níveis de glicose e de colesterol no sangue, ambos fatores de risco conhecidos por causarem danos metabólicos e cardiovasculares.

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