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Parosmia: por que recuperados da Covid sentem cheiros bizarros?

Alguns pacientes que perderam o olfato e paladar têm relatado cheiros estranhos que, inclusive, atrapalham hábitos de alimentação

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1 de 1 mulher cheirando laranja - Foto: Microgen Images/Science Photo Library/GettyImages

A perda de olfato e paladar está entre os sintomas que podem surgir após a infecção pelo novo coronavírus. Geralmente, os sentidos voltam com o decorrer de semanas mas, para alguns pacientes recuperados, isso aconteceu de uma maneira distorcida que impactou, inclusive, seus gostos alimentares. A condição é conhecida como parosmia, um distúrbio na qual a percepção de cheiros é alterada.

Em entrevista ao The New York Times, a americana Brooke Viegut contou que teve Covid-19 em março de 2020 e, na ocasião, perdeu o olfato. Antes de se recuperar completamente, ela passou a não tolerar alho, cebola, carne e brócolis.

Brooke lembra que, no início, os vegetais tinham um cheiro químico. Um ano depois, ela ainda não consegue comer alguns alimentos, mas afirma que, pelo menos as frutas já não tem mais gosto de sabonete.

A farmacêutica Marcel Kuttab, de Massachusetts, afirmou ao jornal norte-americano que o café passou a ter cheiro a gasolina e a pasta de dente adquiriu um odor podre. Janet Marple, do Minnesota, disse que o café, a manteiga de amendoim e as fezes passaram a lembrar vagamente o cheiro de “borracha queimada”.

Cientistas de vários países fazem estudos para tentar descobrir por quanto tempo a parosmia relacionada à Covid-19 pode persistir ou, até mesmo, se ela tem cura. No entanto, ainda não chegaram a um consenso, pois o mais comum é que os pacientes afetados pelo problema ainda não tenham recuperado seus sentidos.

Explicação
Os pesquisadores acreditam que a explicação para o problema esteja em um tecido do nariz chamado epitélio olfatório, um centro nervoso que detecta cheiros e envia mensagens ao cérebro.

Estudos sugerem que o novo coronavírus pode desencadear uma reação molecular no local, impedindo o envio de mensagens de cheiro ao cérebro. Enquanto o paciente se recupera, essas células nervosas podem se conectar incorretamente, levando à parosmia.

Saiba como o coronavírus ataca o corpo humano:

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