Parkinson ou tremor essencial? Saiba qual a diferença entre as doenças
A doença de Parkinson costuma ser confundida com outro problema de saúde chamado de tremores essenciais (TE)
atualizado
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![Pessoa com doença de Parkinson recebe cuidados](/_next/image?url=https%3A%2F%2Ffly.metroimg.com%2Fupload%2Fq_85%2Cw_700%2Fhttps%3A%2F%2Fuploads.metroimg.com%2Fwp-content%2Fuploads%2F2020%2F08%2F21160224%2FDoen%25C3%25A7as-degenerativas.jpg&w=3840&q=75)
A doença de Parkinson é frequentemente confundida com outro problema de saúde chamado de tremores essenciais (TE), pois as duas condições possuem o tremor como principal sintoma. No entanto, elas são diferentes e exigem cuidados diferenciados.
Os tremores essenciais são desordens neurológicas caracterizadas por espasmos involuntários. A causa dessa condição ainda não é conhecida, mas a comunidade científica acredita que seja um problema nos circuitos cerebrais. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 20% da população acima de 65 anos apresentará a condição em algum momento da vida.
Já a doença de Parkinson ocorre por causa da degeneração das células situadas em uma região do cérebro chamada substância negra. A consequência é uma diminuição intensa na produção de dopamina, neurotransmissor que ajuda no transporte de mensagens entre as células nervosas.
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Parkinson é uma doença neurológica caracterizada pela degeneração progressiva dos neurônios responsáveis pela produção de dopamina KATERYNA KON/SCIENCE PHOTO LIBRARY/ Getty Images
![fotografia de uma mão tremula- Metrópoles](https://fly.metroimg.com/upload/q_85,w_600/https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2022/06/28101557/Foto-mao-tremendo.jpg)
Esse processo degenerativo das células nervosas pode afetar diferentes partes do cérebro e, como consequência, gerar sintomas como tremores involuntários, perda da coordenação motora e rigidez muscular Elizabeth Fernandez/ Getty Images
![Mulher em pé ajudando uma mulher que está sentada a levantar de uma poltrona- Metrópoles](https://fly.metroimg.com/upload/q_85,w_600/https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2022/06/28101544/Foto-enfermeira-ajudando-mulher-a-levantar-de-poltrona.jpg)
Outros sintomas da doença são lentidão, contração muscular, movimentos involuntários e instabilidade da postura izusek/ Getty Images
![Idoso com camiseta azul sentado e comendo- Metrópoles](https://fly.metroimg.com/upload/q_85,w_600/https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2022/06/28101549/Foto-idoso-sentado-comendo.jpg)
Em casos avançados, a doença também impede a produção de acetilcolina, neurotransmissor que regula a memória, aprendizado e o sono SimpleImages/ Getty Images
![Mulher ruiva sentada em uma cadeira de rodas- Metrópoles](https://fly.metroimg.com/upload/q_85,w_600/https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2022/06/28101602/Foto-mulher-ruiva-sentada-em-uma-cadeira-de-rodas.jpg)
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), apesar de a doença ser conhecida por acometer pessoas idosas, cerca de 10% a 15% dos pacientes diagnosticados têm menos de 50 anos Ilya Ginzburg / EyeEm/ Getty Images
![Fotografia colorida de mãos uma sobre as outras](https://fly.metroimg.com/upload/q_85,w_600/https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2022/06/28101553/Foto-maos-sobre-as-outras.jpg)
Não se sabe ao certo o que causa o Parkinson, mas, quando ocorre em jovens, é comum que tenha relação genética. Neste caso, os sintomas progridem mais lentamente, e há uma maior preservação cognitiva e de expectativa de vida Visoot Uthairam/ Getty Images
![Pessoa deitada em maca de hospital fazendo tomografia - Metrópoles](https://fly.metroimg.com/upload/q_85,w_600/https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2022/06/28101606/Foto-pessoa-fazendo-tomografia.jpg)
O diagnóstico é médico e exige uma série de exames, tais como: tomografia cerebral e ressonância magnética. Para pacientes sem sintomas, recomenda-se a realização de tomografia computadorizada para verificar a quantidade de dopamina no cérebro JohnnyGreig/ Getty Images
![Pessoas olhando o raio-x de um crânio- Metrópoles](https://fly.metroimg.com/upload/q_85,w_600/https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2022/06/28101611/Foto-pessoas-olhando-o-raio-x-de-um-cranio.jpg)
O Parkinson não tem cura, mas o tratamento pode diminuir a progressão dos sintomas e ajudar na qualidade de vida. Além de remédio, é necessário o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar. Em alguns casos, há possibilidade de cirurgia no cérebro Andriy Onufriyenko/ Getty Images
Qual a diferença entre Parkinson e TE?
O neurologista Vicente Mamede, do Instituto de Neurologia de Goiânia, explica que o TE é, classicamente, um tremor que ocorre durante ações, quando o indivíduo vai pegar ou alcançar algo, diferentemente dos tremores da doença de Parkinson.
“O tremor da doença de Parkinson é um tremor de repouso, de baixa amplitude, que ocorre quando os membros estão relaxados”, afirma Mamede.
O TE geralmente afeta pés e mãos (região mais atingida), mas também pode prejudicar a voz e a cabeça.
Por outro lado, no caso do Parkinson, a falta de dopamina provoca lentidão de movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio e alterações na fala e na escrita.
Tratamento
O TE não é uma doença degenerativa progressiva, como o Parkinson, e pode ser controlado com medicamentos.
O tratamento para o Parkinson, por sua vez, envolve medicamentos que aumentam a quantidade de substância que auxiliam nas transmissões entre neurônios, associados a medidas não farmacológicas, como a fisioterapia. “Em alguns casos, uma cirurgia com implante de eletrodo profundo pode ser indicada”, detalha Vicente Mamede.
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