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Exercícios físicos podem amenizar dores do Parkinson, aponta pesquisa

Investigação de médicos da USP demonstrou que incluir exercícios físicos na rotina diminui dor característica do Parkinson

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Foto colorida mostra mulher de olhos fechados segurando a testa - Metrópoles
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A resposta para reduzir as dores do Parkinson pode estar em uma velha recomendação dos médicos: a prática regular de exercícios físicos. Segundo uma pesquisa comandada por neurologistas brasileiros, manter uma rotina de atividades aeróbicas, como corridas e caminhadas, alivia as dores faciais provocadas pela doença.

A maioria dos pacientes com Parkinson experimenta dor em diferentes intensidades e regiões do corpo e, muitas vezes, ela não é considerada um sintoma relevante. “A dor é uma experiência subjetiva e complexa, influenciada por fatores físicos, emocionais e sociais. Reconhecer a dor como um sintoma importante do Parkinson e informar sobre ela ajuda os pacientes a adotarem uma abordagem mais ativa no tratamento“, explicou a neurocientista Marucia Chacur, uma das autoras do estudo em entrevista ao Metrópoles.

A pesquisa foi realizada por cientistas da USP em parceria com médicos do Hospital Sírio Libanês. O impacto dos exercícios físicos foi observado em ratos que tinham sintomas semelhantes aos da doença induzidos através de injeções. Parte dos roedores tinha de correr em uma esteira três vezes por semana ao longo dos 40 dias.

ilustração de um neurotransmissor afetado pelo Parkinson, ondas
Parkinson é a perda dos neurônios que produzem a dopamina no cérebro

Como foi feita a pesquisa?

Publicada em 2/6 na revista Neurotoxicity Research, a pesquisa avaliou a dor na face dos ratos a partir da incisão de filamentos de diferentes espessuras e com diferentes intensidades de força até que os animais demonstrassem indícios de dor. Quanto menor a espessura dos filamentos que causam desconforto, mais sensível o animal estava.

Embora não haja cura definitiva para o Parkinson no momento, os avanços na pesquisa com uso de terapias não medicamentosas, como o caso de exercícios físicos, estão proporcionando esperança e melhores opções de tratamento adjuvante”, completa Marucia.

Todos os ratos que praticavam exercícios demonstraram menos dor quando comparados com o segundo grupo, dos sedentários. “Os exercícios físicos, especialmente aqueles que visam fortalecer os músculos, podem melhorar a força e a flexibilidade, aliviando a sobrecarga nos músculos e articulações, melhorando a estabilidade e o equilíbrio dos pacientes e reduzindo a dor associada. Além dos efeitos diretos sobre a dor, os exercícios físicos também promovem o bem-estar geral. Eles ajudam a reduzir o estresse, melhorar o humor e aumentar a sensação de bem-estar”, reforça a neurocientista.

Os pesquisadores destacam, entretanto, que a recomendação de exercícios físicos para pacientes com Parkinson depende de condições de saúde individuais. “É crucial ter em mente que o tipo de atividade física deve ser adaptado às necessidades e limitações de cada indivíduo. A prática de exercícios físicos é geralmente recomendada para a maioria dos pacientes com Parkinson, mas a indicação deve levar em consideração o estágio da doença, a presença de comorbidades e um planejamento junto com o médico”, arremata a professora.

O que é o Parkinson?

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Esse processo degenerativo das células nervosas pode afetar diferentes partes do cérebro e, como consequência, gerar sintomas como tremores involuntários, perda da coordenação motora e rigidez muscular
Outros sintomas da doença são lentidão, contração muscular, movimentos involuntários e instabilidade da postura
Em casos avançados, a doença também impede a produção de acetilcolina, neurotransmissor que regula a memória, aprendizado e o sono
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), apesar de a doença ser conhecida por acometer pessoas idosas, cerca de 10% a 15% dos pacientes diagnosticados têm menos de 50 anos
Não se sabe ao certo o que causa o Parkinson, mas, quando ocorre em jovens, é comum que tenha relação genética. Neste caso, os sintomas progridem mais lentamente, e há uma maior preservação cognitiva e de expectativa de vida
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Parkinson é uma doença neurológica caracterizada pela degeneração progressiva dos neurônios responsáveis pela produção de dopamina

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Esse processo degenerativo das células nervosas pode afetar diferentes partes do cérebro e, como consequência, gerar sintomas como tremores involuntários, perda da coordenação motora e rigidez muscular

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Outros sintomas da doença são lentidão, contração muscular, movimentos involuntários e instabilidade da postura

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Em casos avançados, a doença também impede a produção de acetilcolina, neurotransmissor que regula a memória, aprendizado e o sono

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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), apesar de a doença ser conhecida por acometer pessoas idosas, cerca de 10% a 15% dos pacientes diagnosticados têm menos de 50 anos

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Não se sabe ao certo o que causa o Parkinson, mas, quando ocorre em jovens, é comum que tenha relação genética. Neste caso, os sintomas progridem mais lentamente, e há uma maior preservação cognitiva e de expectativa de vida

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O diagnóstico é médico e exige uma série de exames, tais como: tomografia cerebral e ressonância magnética. Para pacientes sem sintomas, recomenda-se a realização de tomografia computadorizada para verificar a quantidade de dopamina no cérebro

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O Parkinson não tem cura, mas o tratamento pode diminuir a progressão dos sintomas e ajudar na qualidade de vida. Além de remédio, é necessário o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar. Em alguns casos, há possibilidade de cirurgia no cérebro

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