Parestesia: dormência nos membros é sinal de alerta. Fique atento
Quando a compressão vem de uma postura inadequada, a dormência é sinal de alerta enviado pelo cérebro sinalizando que algo está errado
atualizado
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Você já teve dormência nos braços ou nas pernas depois de um longo período na mesma posição? A parestesia, como é chamado este tipo de formigamento, acontece por falta de irrigação sanguínea nos nervos das extremidades do corpo. Se eventualmente a pessoa adotou uma postura inadequada ao sentar-se, por exemplo, comprimindo a perna, e não percebe isso, ao levantar-se, a perna vai falhar e há possibilidade de queda.
De acordo com o médico ortopedista Renato Raad, quando a compressão vem de uma postura inadequada, a dormência é um sinal de alerta enviado pelo cérebro sinalizando que algo está errado.
“Se a pessoa tem o costume de ficar muito tempo sentada ou deitada, é fundamental que encontre posições confortáveis, fazendo o uso de almofadas ou acolchoados, protegendo as extremidades, além de evitar ficar muito tempo na mesma posição”, destaca Raad.
O especialista orienta que nestas situações a pessoa se levante, mas com cuidado. “É importante não fazer isto rapidamente, pois no caso da dormência da perna, por exemplo, pode levar a uma queda e provocar fraturas”, explica.
Sinal de alerta
O tratamento para evitar as dormências é simples e consiste basicamente em adotar posturas corretas. “Normalmente, a circulação da inervação dos membros volta ao normal quando adquirimos uma postura adequada. Porém, se o sintoma persistir, é aconselhável que um médico seja consultado, pois essa dormência pode ser sinal de um problema mais grave. Podemos estar diante de uma patologia crônica”, enfatiza o médico.
Outra situação que merece atenção são as hérnias de disco nas colunas cervical ou lombar. “As hérnias comprometem os nervos dos membros superiores e/ou inferiores, levando a situações de dormência, formigamentos e parestesia contínua, provocando uma insuficiência vascular crônica ou compressão do nervo no nível da coluna”, conclui o especialista.