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Parasita da malária “planeja” ataque antes da picada do mosquito

Estudo mostra que o parasita se organiza ainda na saliva do mosquito, para saber como vai infectar o fígado da “vítima” hospedeira

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Ministério da Saúde/Divulgação
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1 de 1 mosquito - Foto: Ministério da Saúde/Divulgação

Segundos após a picada do mosquito, o parasita da malária navega pela pele do hospedeiro em direção ao fígado. Lá ele permanece fixo até que milhares de células infectadas entrem na corrente sanguínea da “vítima”, iniciando a infecção mortal no estágio mais avançado da doença. Pesquisadores identificaram, pela primeira vez, que eles se preparam para esta “jornada” enquanto aguardam nas glândulas salivares do mosquito.

A pesquisa de especialistas do Instituto de Pesquisa Infantil de Seattle, publicada nesta quinta-feira (31/10/2019) na revista científica Nature Communications, pode ajudar a identificar novas estratégias para bloquear a transmissão do Plasmodium e evitar a malária, mal que continua a adoecer mais de 300 milhões de pessoas e a matar cerca de 435.000 pessoas em todo o mundo a cada ano.

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Lá ele permanece fixo até que milhares de células infectadas entrem na corrente sanguínea da "vítima"
Segundo o ministério, 15 estados já atingiram a meta de redução ou eliminação da malária
A pesquisa pode ajudar a identificar novas estratégias para bloquear a transmissão do Plasmodium
Malária
Parasita que causa a malária  é transmitido por mosquitos  do gênero Anopheles
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Segundos após a picada do mosquito, o parasita da malária navega pela pele do hospedeiro em direção ao fígado

OMS
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Lá ele permanece fixo até que milhares de células infectadas entrem na corrente sanguínea da "vítima"

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Segundo o ministério, 15 estados já atingiram a meta de redução ou eliminação da malária

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A pesquisa pode ajudar a identificar novas estratégias para bloquear a transmissão do Plasmodium

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Malária

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Parasita que causa a malária é transmitido por mosquitos do gênero Anopheles

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O autor do estudo, Dr. Stefan Kappe, explica que o organismo unicelular protozoário faz um “projeto” das proteínas necessárias para infectar o fígado, esperando que esse evento imprevisível aconteça. Só quando ele se instala no hospedeiro é que passa a produzí-las. É essa estratégia que dá ao Plasmodium a adaptabilidade necessária para contaminar o organismo em segundos.

Segundo o Dr. Kristian Swearingen, um dos cientistas que contribuiu com o trabalho, o parasita fica neste estado por dias ou semanas, até ter a oportunidade de atacar. “Por isso precisa estar pronto sempre que esse momento chegar”, explicou. Quaisquer dessas proteínas pode ser alvo para o desenvolvimento de novos medicamentos ou vacinas contra a malária.

Potencialmente fatal
A malária é uma doença febril aguda potencialmente fatal, causada por parasitas que são transmitidos às pessoas pela fêmea infectada do mosquito Anopheles. Em um indivíduo não-imune, os primeiros sintomas, que incluem febre, dor de cabeça, calafrios e vômito, aparecem usualmente entre 10 e 15 dias após a infeccção. Se não for tratada rapidamente com medicamentos eficazes pode evoluir para formas graves e levar à morte.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), crianças com a forma grave da doença frequentemente desenvolvem um ou mais dos seguintes sintomas: anemia grave, dificuldade para respirar em relação à acidose metabólica ou malária cerebral. Em adultos, é frequente que vários órgãos sejam afetados. Em áreas endêmicas, pessoas podem desenvolver imunidade parcial, permitindo que infecções assintomáticas ocorram.

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