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Estudo mostra em quanto tempo risco cardiovascular cai em ex-fumantes

Tabagismo é um dos principais fatores de risco evitáveis para infarto e AVC. Saiba quanto tempo sem fumar é preciso para evitá-los

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Foto mostra pessoa descartando cigarros em uma lixeira com um fundo monocromático rosa - fumar cigarro - Metrópoles
1 de 1 Foto mostra pessoa descartando cigarros em uma lixeira com um fundo monocromático rosa - fumar cigarro - Metrópoles - Foto: Getty Images

Fumar é um dos principais fatores de risco para uma série de doenças, desde câncer até problemas cardiovasculares. O cigarro aumenta os riscos de insuficiência cardíaca, infarto e acidente vascular cerebral (AVC), entre outros.

“A nicotina presente no cigarro provoca o estreitamento das artérias, aumentando a pressão arterial e sobrecarregando o coração. Com o tempo, esse efeito pode levar às complicações graves associadas ao tabagismo”, explica a cardiologista Julianny Freitas Rafael, que atende no Rio de Janeiro.

Por isso, é uma recomendação comum de todos os cardiologistas que as pessoas larguem o vício. Deixar o cigarro, de fato, é a medida mais eficaz para preservar a saúde cardíaca, mas seus efeitos no corpo podem ser diferentes do que se imaginava.

Um estudo feito por cardiologistas sul-coreanos publicado em 1º de novembro na JAMA Network, uma das mais prestigiadas revistas científicas de saúde do mundo, mostrou como parar de fumar afeta a saúde do coração. A pesquisa foi feita comparando dados do Seguro Nacional de Saúde da Coreia do Sul, com dados de mais de 950 mil fumantes e ex-fumantes.

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Em uma embalagem colorida, com sabores diferentes, sem o cheiro ruim do cigarro tradicional e com uma grande quantidade de fumaça, os produtos são muito comuns, especialmente, entre pessoas de 18 a 24 anos, apesar de serem proibidos no Brasil
No geral, o produto é composto por bateria, atomizador, microprocessador, lâmpada LED e cartucho de nicotina líquida. Esses mecanismos são responsáveis por aquecer o líquido que produz o vapor inalado pelos usuários
Apesar de serem bastante usados no mundo inteiro e, inicialmente, tenham sido introduzidos no comércio como uma alternativa para os cigarros comuns, os vapes são perigosos para a saúde, segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM)
Os médicos afirmam que os cigarros eletrônicos são “uma ameaça à saúde pública” e oferecem ainda mais riscos do que os cigarros comuns, além de serem porta de entrada dos jovens no mundo da nicotina
Esses especialistas afirmam que o filamento de metal que aquece o líquido é composto de metais pesados que acabam sendo inalados, como o níquel, substância cancerígena
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Cada vez mais popular no Brasil, o vape, cigarro eletrônico ou e-cigarrette tem se tornado um verdadeiro fenômeno entre os jovens. O produto, geralmente, tem aparência semelhante a de um cigarro comum, mas também pode ser encontrado em formato de pen drive ou caneta

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Em uma embalagem colorida, com sabores diferentes, sem o cheiro ruim do cigarro tradicional e com uma grande quantidade de fumaça, os produtos são muito comuns, especialmente, entre pessoas de 18 a 24 anos, apesar de serem proibidos no Brasil

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No geral, o produto é composto por bateria, atomizador, microprocessador, lâmpada LED e cartucho de nicotina líquida. Esses mecanismos são responsáveis por aquecer o líquido que produz o vapor inalado pelos usuários

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Apesar de serem bastante usados no mundo inteiro e, inicialmente, tenham sido introduzidos no comércio como uma alternativa para os cigarros comuns, os vapes são perigosos para a saúde, segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM)

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Os médicos afirmam que os cigarros eletrônicos são “uma ameaça à saúde pública” e oferecem ainda mais riscos do que os cigarros comuns, além de serem porta de entrada dos jovens no mundo da nicotina

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Esses especialistas afirmam que o filamento de metal que aquece o líquido é composto de metais pesados que acabam sendo inalados, como o níquel, substância cancerígena

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Ainda segundo os especialistas, o líquido produzido pelo cigarro eletrônico tem pelo menos 80 substâncias químicas consideradas perigosas e responsáveis por reforçar a dependência na nicotina

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Além disso, o uso diário de cigarros eletrônicos causa estado inflamatório em vários órgãos do organismo, incluindo o cérebro. Novas pesquisas indicam que a utilização também pode desregular alguns genes e fazer com que o usuário desenvolva uma condição chamada EVALE, lesão causada pelo produto nos pulmões

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O neurologista Wanderley Cerqueira, do Hospital Albert Einstein, explica que os efeitos no usuário variam dependendo da nicotina e dos sabores líquidos, que influenciam a forma como o corpo responde às infecções. Segundo ele, vapes de menta, por exemplo, deixam as pessoas mais sensíveis aos efeitos da pneumonia bacteriana do que outros aromatizantes

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O especialista alerta que as células imunológicas parecem ser desativadas à medida que os pulmões são continuamente encharcados com produtos químicos. Esse processo enfraquece as defesas do organismo contra ameaças como pneumonia ou câncer

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Ainda segundo o médico, mesmo os vapes sem sabor são perigosos. Isso porque eles possuem outros aditivos químicos em sua composição, como propilenoglicol, glicerina, formaldeído e a própria nicotina, que causa câncer

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Uma pesquisa da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, encontrou níveis perigosos de toxinas em produtos usados para conferir sensação mentolada em cigarros eletrônicos. Foram verificados problemas em várias marcas dessas substâncias mas, principalmente, na Puffbar, uma das mais populares do mundo

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Os cientistas encontraram níveis das toxinas WS-3 e WS-23 acima dos considerados seguros pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no fluido do produto. Dos 25 líquidos analisados, 24 tinham WS-3, por exemplo

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As substâncias são usadas em aditivos alimentícios para dar o “frescor” do mentolado sem o sabor de menta, mas não devem ser inaladas. Elas são encontradas também em produtos nos sabores de manga ou baunilha

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Coração pode levar 25 anos para se recuperar

Entre pessoas que fumam pouco, o coração parece não ser diretamente afetado e as artérias podem se recuperar rapidamente, por vezes logo após a cessação do tabagismo. Mesmo nos casos mais complicados, se a pessoa consome poucos cigarros por dia, o risco pode ser revertido em menos de 10 anos sem fumar.

As pessoas consideradas “fumantes leves” são as com menos de oito anos-maço. Os anos-maço são calculados multiplicando a carga diária média de cigarros com o tempo que a pessoa fumou. Uma pessoa que fuma meio maço por dia, por exemplo, deve multiplicar 0,5 ao tempo que ela tem o hábito de fumar para descobrir o seu índice.

Para fumantes pesados (com mais de oito anos-maço), porém, a recuperação do sistema cardiovascular é mais lenta do que se acreditava. A ciência anteriormente estimava que eram necessários cerca de 10 anos sem fumar para que as artérias se recuperassem totalmente também nesse público, mas o estudo aponta que um ex-fumante com oito anos-maço leva mais de 25 anos para ter um risco de doenças coronárias semelhante ao de alguém que não fuma.

Os pesquisadores concluíram que ex-fumantes que tiveram um consumo superior a 8 anos-maço devem ser tratados pelos cardiologistas com um risco idêntico ao de fumantes atuais.

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