Para OMS, ainda não é possível associar vacina AstraZeneca a coágulos
Em coletiva nesta terça (6/4), agência internacional reforçou a posição de que a aplicação do imunizante Oxford/AstraZeneca deve continuar
atualizado
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Apesar de o chefe de vacinas da agência regulatória europeia (EMA) ter afirmado que há uma ligação entre a vacina de Oxford/AstraZeneca contra a Covid-19 e a formação de coágulos sanguíneos, a Organização Mundial de Saúde (OMS) manteve, em entrevista coletiva nesta terça-feira (6/4), sua posição anterior de que, no momento, não há como fazer relação entre a aplicação do imunizante e o aparecimento do problema.
“Os dados estão sob avaliação, estamos aguardando o feedback de vários comitês nos próximos dias. Podemos dizer que é um assunto em consideração, mas estamos confiantes que os benefícios ainda são muito maiores do que os riscos”, explicou Rogério Gaspar, diretor de regulação e pré-qualificação da OMS.
Ele afirmou ainda que os eventos relatados até aqui são raros, mas que estão sendo categorizados de acordo com a incidência na população. A organização deve se pronunciar de forma oficial sobre qualquer decisão em mudar a indicação de aplicação do imunizante em breve.
Mariângela Simão, diretora-assistente para distribuição de medicamentos e vacinas, lembra ainda que a OMS está recolhendo e analisando dados sobre as vacinas contra a Covid-19 junto a autoridades regulatórias de vários países do mundo, não só na Europa. As informações de segurança da AstraZeneca, que devem ser apresentadas obrigatoriamente pela farmacêutica, também estão sendo avaliadas.
Dia Mundial da Saúde
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus lembrou que é comemorado, no dia 7/4, o Dia Mundial da Saúde. Com o planeta afetado pela pandemia de Covid-19, ele lembra que pessoas pobres e marginalizadas foram as mais afetadas, e que é preciso fazer mudanças vitais para promover acesso à igualitário e de qualidade à população.
“A pandemia expôs a fragilidade dos nossos sistemas de saúde. Com serviços essenciais pausados, muitas doenças voltaram. É imprescindível que se evite cortes em fundos para a saúde e setores sociais, porque só aumentam as dificuldades para as pessoas vulneráveis. A OMS sugere que os países invistam mais 1% do PIB em atenção primária para diminuir os problemas”, pede o diretor-geral.
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