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Pangolim é apontado como hospedeiro intermediário do coronavírus

Vírus encontrados nos mamíferos são 99% idênticos aos de pacientes com coronavírus. Animal é o mais traficado e vendido ilegalmente na Ásia

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1 de 1 pangolim - Foto: Divulgação

Mamíferos traficados ilegalmente na Ásia e África e muito comuns nos mercados de rua da China, os pangolins são apontados como o elo que possivelmente permitiu que o novo coronavírus 2019-nCoV se espalhasse de morcegos para os seres humanos.

Segundo pesquisadores da Universidade Agrícola do Sul da China (SCAU, na sigla em inglês) em Guangzhou, província de Guangdong, os vírus encontrados nos mamíferos são 99% idênticos aos de pacientes com coronavírus.

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Pangolim é apontado como hospedeiro intermediário do novo coronavírus
Apesar de todas as oito espécies de pangolim estarem sob proteção do tráfico pelas leis internacionais, eles são um dos mamíferos mais comprados e vendidos na Ásia e na África
Desinfecção de funcionários de uma funerária depois de o grupo lidar com o corpo de uma pessoa que morreu em decorrência do novo coronavírus
Em Pequim, funcionários de segurança do metrô trabalham em um termômetro corporal
Trabalhador de equipe médica pelas ruas de Wuhan, na China
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Navio Diamond Princess, um dos primeiros focos de coronavírus fora da China, foi isolado em porto do Japão após casos confirmados

Reprodução/Twitter
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Pangolim é apontado como hospedeiro intermediário do novo coronavírus

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Apesar de todas as oito espécies de pangolim estarem sob proteção do tráfico pelas leis internacionais, eles são um dos mamíferos mais comprados e vendidos na Ásia e na África

IUCN
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Desinfecção de funcionários de uma funerária depois de o grupo lidar com o corpo de uma pessoa que morreu em decorrência do novo coronavírus

Feature China/Barcroft Media via Getty Images
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Em Pequim, funcionários de segurança do metrô trabalham em um termômetro corporal

Artyom IvanovTASS via Getty Images
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Trabalhador de equipe médica pelas ruas de Wuhan, na China

Feature China/Barcroft Media via Getty Images
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Mulher usa máscara no mercado de Huanan, em Wuhan, o centro da epidemia de coronavírus. O local está interditado

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Em Wuhan, o governo construiu um hospital com 1 mil leitos para atender pacientes com coronavírus

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Outro ângulo das máquinas trabalhando para erguer o novo hospital de Wuhan

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Em Pequim, uma mulher usa máscara e óculos de sol para se proteger do coronavírus

Kevin Frayer/Getty Images

“As sequências genômicas do novo tipo de coronavírus isolado dos pangolins foram 99% idênticas às das pessoas infectadas, indicando que os pangolins podem ser um hospedeiro intermediário do vírus”, informou a instituição em comunicado divulgado nesta sexta-feira (07/02/2020) pela agência de notícias Xinhua.

Segundo os especialistas, o novo vírus surgiu em um mercado de animais vivos na cidade de Wuhan, no centro da China, no fim do ano passado. A origem seria em morcegos, mas os pesquisadores sugeriram grande possibilidade de haver um “hospedeiro intermediário” na transmissão da doença para as pessoas.

Eles testaram mais de mil amostras de animais selvagens e descobriram que as sequências de genoma dos vírus eram semelhantes nos dois tipos de mamíferos.

Segundo Liu Yahong, presidente da universidade, o estudo ajudará na prevenção e no controle da epidemia, além de oferecer referência científica para políticas sobre animais selvagens.

Tráfico e comércio ilegal

De acordo com a União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN), o pangolim é considerado o animal mais traficado no planeta e está em ameaça de extinção.

Mais de 1 milhão de espécimes foram arrebatados de florestas asiáticas e africanas na última década, segundo levantamentos recentes.

A carne desses pequenos mamíferos escamosos, comprada no mercado clandestino, é considerada uma iguaria na China e em outras partes do mundo. As escamas, compostas principalmente de queratina, são muito utilizadas na medicina tradicional.

Em janeiro deste ano, com a doença espalhada por todo o planeta, a China ordenou uma proibição temporária do comércio de animais selvagens até que a epidemia esteja sob controle.

Doença se espalha pelo mundo

No final de 2019, a China anunciou ter detectado uma nova estirpe de coronavírus, catalogada como 2019-nCoV. A doença pode ser transmitida de pessoa para pessoa e é contagiosa sem sintomas durante a fase de incubação, que dura até 14 dias.

Até agora, ao menos 31 mil pessoas foram infectadas e 630, mortas pelo vírus, que se espalhou para duas dezenas de países.

Em 30 de janeiro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou uma emergência internacional frente à propagação do novo coronavírus.

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