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“Pandemia vai acabar quando o mundo decidir agir”, afirma OMS

Diretor-geral explica que todas as ferramentas para erradicar o coronavírus já existem, o que falta é países decidirem usá-las

atualizado

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1 de 1 tedros ghebreyesus - Foto: Anadolu Agency/Getty Images

Em entrevista coletiva na manhã desta sexta (30/7), o diretor geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que o mundo já tem todas as ferramentas para prevenir, detectar e tratar a Covid-19, e a pandemia vai terminar quando os governos decidirem agir.

“Está nas nossas mãos. Apesar disso, os casos e mortes seguem aumentando. Em média, tivemos uma alta de 8% nos casos ao redor do mundo, muito por conta da variante Delta, que foi detectada em 132 países”, diz Ghebreyesus. Segundo ele, o uso inconsistente das medidas de proteção, a retomada da rotina normal e a desigualdade na distribuição das vacinas são algumas das razões para o novo aumento.

Os diretores da entidade voltaram a pedir um esforço coletivo de todos os países, principalmente os mais ricos, para melhorar a distribuição dos imunizantes. Enquanto algumas nações já estão com a vacinação bastante adiantada e aplicando doses em adolescentes, a vacinação está atrasada na África e a OMS acredita que não será possível vacinar nem 10% da população do continente até o final do ano.

“Isso deveria ser uma cicatriz nas nossas consciências. A decisão de vacinar não está com os países africanos, e sim nas mãos dos CEOs das farmacêuticas, dos países onde as vacinas são fabricadas e das nações que fecharam mais acordos do que precisam”, afirmou Bruce Aylward, conselheiro sênior para o diretor-geral.

“A questão não é se o mundo pode fazer o investimento de vacinar toda a população, mas se pode não fazê-lo”, completou Ghebreyesus.

Olimpíadas

Questionado sobre se a presença dele na cerimônia de abertura das Olimpíadas em Tóquio poderia ser mal interpretada, o diretor-geral voltou a lembrar que não existe risco zero de contaminação, mas afirmou que o Japão está “fazendo o que pode” para minimizar os riscos.

“Os jogos olímpicos são uma lembrança para os próximos anos, de que passamos por isso no meio de uma pandemia. A imagem da tenista Naomi Osaka acendendo a pira, de máscara, significa muito para mim. Mostra que estamos em uma condição difícil, reféns de um vírus perigoso, mas que estamos determinados a lutar contra ele. É um espírito de unidade para lidar com a pandemia”, explica.

Saiba como as vacinas contra Covid-19 atuam:

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