“A preocupação é que o vírus possa entrar em animais domésticos e essencialmente fazer pingue-pongue entre eles e humanos”, afirma o virologista Lawrence Young, da Universidade de Warwick. “Se você não for cuidadoso, pode criar um reservatório animal para a doença que pode resultar na propagação de volta aos humanos, e estaremos em um ciclo de infecção“, explica o professor.
A recomendação é que qualquer roedor seja retirado da casa da pessoa isolada com varíola dos macacos durante o período de infecção, e passe por testes para descartar a contaminação. Outros animais, como cães e gatos, devem ficar em isolamento domiciliar e também fazer exames regulares.
Até o momento, não há relatos de nenhum animal infectado com o vírus, e as recomendações são apenas de prevenção.
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Recentemente, diversos países têm registrado casos de pacientes diagnosticados com varíola de macaco, doença rara causada pelo vírus da varíola símia. Segundo a OMS, a condição não é considerada grave: a taxa de mortalidade é de 1 caso a cada 100. Porém, é a primeira vez que se tornou identificada em grande escala fora do continente africano
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A doença foi diagnosticada pela primeira vez nos seres humanos em 1970. De acordo com o perfil dos pacientes infectados atualmente, maioria homossexual ou homens que fazem sexo com homens (HSH), especialistas desconfiam de uma possível contaminação por via sexual, além de pelo contato com lesões em pessoas doentes ou gotículas liberadas durante a respiração
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Segundo o Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), "qualquer pessoa, independentemente da orientação sexual, pode espalhar a varíola de macacos por contato com fluidos corporais ou itens compartilhados (como roupas e roupas de cama) contaminados"
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Inicialmente, a varíola de macacos é transmitida por contato com macacos infectados ou roedores, e é mais comum em países africanos. Antes do surto atual, somente quatro países fora do continente tinham identificado casos na história
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Entre os sintomas da condição estão: febre, dor de cabeça, dor no corpo e nas costas, inchaço nos linfonodos, exaustão e calafrios. Também há bolinhas que aparecem no corpo inteiro (principalmente rosto, mãos e pés) e evoluem, formando crostas, que mais tarde caem
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O período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias, mas os sintomas, que podem ser muito pruriginosos ou dolorosos, geralmente aparecem após 10 dias
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Por ser uma doença muito parecida com a varíola, a vacina contra a condição também serve para evitar a contaminação
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Apesar de relativamente rara e transmissível, os especialistas europeus afirmam que o risco de um grande surto é baixo
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Em casos severos, o tratamento inclui antivirais e o uso de plasma sanguíneo de indivíduos imunizados
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O Centro Europeu de Controle de Doenças (ECDC) afirma que, mesmo se os animais estiverem contaminados, não devem ser sacrificados e sim cumprir o isolamento. A eutanásia só pode acontecer em situações específicas.
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