1 de 1 imagem de coronavírus vistos em laboratório
- Foto: BSIP/Colaborador/Getty Images
Pacientes imunocomprometidos, ou seja, que têm uma capacidade de lutar contra vírus e bactérias, fazem parte de um dos principais grupos de risco para a Covid-19. Desde o início da pandemia, há relatos de pessoas que, uma vez contaminadas, ficam meses com o coronavírus circulando no corpo.
Pesquisadores da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, descobriram o que pode ser o paciente com o vírus há mais tempo: mais de 471 dias. O homem não identificado tem cerca de 60 anos, e está sendo tratado para linfoma, um tipo de câncer no sistema linfático.
Os cientistas descobriram que o indivíduo tem três sublinhagens diferentes no corpo, e acreditam que o vírus está sofrendo mutações e o paciente pode ser um vetor de transmissão. As mudanças no genoma estão acontecendo duas vezes mais rápido do que o normal.
O estudo foi publicado em versão pré-print no último sábado (2/7), e ainda não foi revisado pela comunidade científica. O paciente segue testando positivo para a Covid-19. A situação é diferente da chamada Covid longa, quando o paciente tem alguns sintomas, mas não tem o vírus circulando no organismo.
13 imagens
1 de 13
Sem ter um nome definitivo, o conjunto de sintomas que continua após a cura da infecção pelo coronavírus é chamado de Síndrome Pós-Covid, Covid longa, Covid persistente ou Covid prolongada
Freepik
2 de 13
Denominam-se Covid longa os casos em que os sintomas da infecção duram por mais de 4 semanas. Além disso, alguns outros pacientes até se recuperam rápido, mas apresentam problemas a longo prazo
Pixabay
3 de 13
Um dos artigos mais recentes e abrangentes sobre o tema é de um grupo de universidades dos Estados Unidos, do México e da Suécia. Os pesquisadores selecionaram as publicações mais relevantes sobre a Covid prolongada pelo mundo e identificaram 55 sintomas principais
iStock
4 de 13
Entre os 47.910 pacientes que integraram os estudos, os cinco principais sintomas detectados foram: fadiga, dor de cabeça, dificuldade de atenção, perda de cabelo e dificuldade para respirar
Getty Images
5 de 13
A Covid prolongada também é comum após as versões leve e moderada da infecção, sem que o paciente tenha precisado de hospitalização. Cerca de 80% das pessoas que pegaram a doença ainda tinham algum sintoma pelo menos duas semanas após a cura do vírus
Freepik
6 de 13
Além disso, um dos estudos analisados aponta que a fadiga após o coronavírus é mais comum entre as mulheres, assim como a perda de cabelo
Metrópoles
7 de 13
Especialistas acreditam que a Covid longa pode ser uma "segunda onda" dos danos causados pelo vírus no corpo. A infecção inicial faz com que o sistema imunológico de algumas pessoas fique sobrecarregado, atacando não apenas o vírus, mas os próprios tecidos do organismo
Getty Images
8 de 13
Por enquanto, ainda não há um tratamento adequado para esse quadro clínico que aparece após a recuperação da Covid-19. O foco principal está no controle dos sintomas e no aumento gradual das atividades do dia a dia
Getty Images
9 de 13
Apesar de uma total recuperação da doença, estudos recentes da Universidade de Washington em Saint Louis, nos Estados Unidos, alertam que qualquer pessoa recuperada da Covid-19 pode sofrer complicações no ano seguinte à infecção, uma covid longa
Getty Images
10 de 13
Foram analisados os dados de 150 mil pessoas que tiveram Covid-19 para chegar às complicações mais comuns
Getty Images
11 de 13
O risco de ter um ataque cardíaco, por exemplo, é 63% maior para quem já teve a infecção. A chance de doença arterial coronariana sobe para 72%, e para infarto, 52%
Getty Images
12 de 13
Também chama a atenção dos cientistas o aumento da quantidade de pacientes com depressão e ansiedade
Getty Images
13 de 13
O estudo também registrou casos de Doença Arterial Coroniana, falência cardíaca, coágulos sanguíneos, batimentos irregulares e embolia pulmonar
Getty Images
“Essa infecção crônica resulta em uma evolução e divergência acelerada do Sars-CoV-2, um mecanismo que pode potencialmente contribuir para o surgimento de variantes geneticamente diversas”, escrevem os cientistas no artigo.
Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.