Paciente acorda no hospital depois de ter sido declarado como morto
Caso está em apuração no Reino Unido para que responsáveis sejam identificados entre os funcionários do serviço de emergências médicas
atualizado
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Um paciente que foi declarado morto pelos paramédicos do serviço de emergência inglês acordou horas depois em um hospital onde seria realizada a autópsia de seu corpo.
O caso ocorreu no início deste mês e o paciente não teve a identidade revelada. Ele foi levado de ambulância ao Darlington Memorial Hospital.
O indivíduo, cuja condição atual também não foi revelada, foi declarado morto quando os paramédicos atenderam um chamado de emergência no início do dia, mas acordou no hospital horas mais tarde. As autoridades de saúde não revelaram qual a condição dele.
Desculpas do governo
Uma investigação foi iniciada para determinar o que aconteceu. O diretor da unidade de ambulâncias que atendeu o paciente, o paramédico Andrew Hodge, afirmou à imprensa inglesa estar “profundamente arrependido pela angústia causada à família do paciente”.
“Assim que tomamos conhecimento deste incidente, abrimos uma investigação e contatamos à família do paciente. Uma revisão completa deste incidente está sendo realizada e não podemos dar mais detalhes nesta fase das apurações”, defendeu ele.
Não é a 1ª negligência
O mesmo serviço de ambulâncias vem sendo denunciado desde o fim do ano passado por negligência do NEAS no atendimento médico, especialmente por declarar mortos os pacientes antes mesmo de tentar as manobras de reanimação.
Em relatório de 97 páginas divulgado em dezembro de 2022, a chefe do sistema público de saúde inglês, Marianne Griffiths, elencou erros e pediu desculpas públicas pelos incidentes.
“Ficamos devastados pela resposta que as ambulâncias deram à sociedade. Permitiu-se que a disfunção de liderança continuasse por tempo demais e isto teve um grande impacto na forma como as equipas funcionavam. A atitude defensiva dos chefes cresceu e afetou as operações da equipe, a transparência, a franqueza e o julgamento”, afirmou ela no relatório.
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