metropoles.com

Ozempic reduz em 60% chance de desenvolver diabetes, afirma estudo

Injeção semanal de semaglutida diminui chances de pessoas com sobrepeso terem diabetes tipo 2

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Divulgação
Aplicador e ampola do remédio Ozempic nas mãos de uma pessoa - Metrópoles
1 de 1 Aplicador e ampola do remédio Ozempic nas mãos de uma pessoa - Metrópoles - Foto: Divulgação

Um estudo realizado nos Estados Unidos apontou que a aplicação semanal de injeções com o composto ativo semaglutida diminui em 61% a probabilidade de diabetes tipo 2 em pessoas com sobrepeso e obesidade. O trabalho será apresentado na reunião anual da Associação Europeia de Estudos de Diabetes, marcada para ocorrer entre os dias 19 e 23 de setembro em Estocolmo, na Suécia.

No Brasil, a semaglutida é comercializada nos medicamentos Rybelsus (via oral) ou Ozempic (caneta injetável), e foi desenvolvida para aumentar os níveis de insulina em pacientes com alta taxa de açúcar no sangue. O fármaco foi desenvolvido para o controle da diabetes tipo 2, prevenindo complicações trazidas por ela, como insuficiência renal, infarto ou derrame. Nos Estados Unidos e na Inglaterra, o remédio foi aprovado recentemente para tratamento de obesidade.

“A aprovação da semaglutida foi baseada em resultados de testes clínicos que mostraram uma redução de cerca de 15% do peso dos pacientes quando usada junto a um programa de vida saudável”, explica o autor principal do estudo e professor do departamento de Ciências Nutricionais da Universidade de Birmingham, Timothy Garvey, em um comunicado.

No trabalho, os pesquisadores buscaram descobrir se a semaglutida poderia reduzir o risco de diabetes em pacientes obesos. Os testes foram conduzidos em duas etapas: na primeira, foram analisadas 1.961 pessoas com sobrepeso ou obesidade. Elas receberam uma injeção de 2,4 mg de semaglutida ou placebo semanalmente ao longo de um ano e três meses; na segunda fase, houve 803 participantes, e todos receberam as injeções com o medicamento ao longo de quatro meses.

Em seguida, os mesmos voluntários foram divididos em dois grupos — metade continuou a receber semaglutida e a outra passou a tomar injeções de placebo ao longo de aproximadamente 11 meses.

14 imagens
A diabetes surge devido ao aumento da glicose no sangue, que é chamado de hiperglicemia. Isso ocorre como consequência de defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas
A função principal da insulina é promover a entrada de glicose nas células, de forma que elas aproveitem o açúcar para as atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação ocasiona o acúmulo de glicose no sangue, que em circulação no organismo vai danificando os outros órgãos do corpo
Uma das principais causas da doença é a má alimentação. Dietas ruins baseadas em alimentos industrializados e açucarados, por exemplo, podem desencadear diabetes. Além disso, a falta de exercícios físicos também contribui para o mal
A diabetes pode ser dividida em três principais tipos. A tipo 1, em que o pâncreas para de produzir insulina, é a tipagem menos comum e surge desde o nascimento. Os portadores do tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina para manter a glicose no sangue em valores normais
Já a diabetes tipo 2 é considerada a mais comum da doença. Ocorre quando o paciente desenvolve resistência à insulina ou produz quantidade insuficiente do hormônio. O tratamento inclui atividades físicas regulares e controle da dieta
1 de 14

A diabetes é uma doença que tem como principal característica o aumento dos níveis de açúcar no sangue. Grave e, durante boa parte do tempo, silenciosa, ela pode afetar vários órgãos do corpo, tais como: olhos, rins, nervos e coração, quando não tratada

Oscar Wong/ Getty Images
2 de 14

A diabetes surge devido ao aumento da glicose no sangue, que é chamado de hiperglicemia. Isso ocorre como consequência de defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas

moodboard/ Getty Images
3 de 14

A função principal da insulina é promover a entrada de glicose nas células, de forma que elas aproveitem o açúcar para as atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação ocasiona o acúmulo de glicose no sangue, que em circulação no organismo vai danificando os outros órgãos do corpo

Peter Dazeley/ Getty Images
4 de 14

Uma das principais causas da doença é a má alimentação. Dietas ruins baseadas em alimentos industrializados e açucarados, por exemplo, podem desencadear diabetes. Além disso, a falta de exercícios físicos também contribui para o mal

Peter Cade/ Getty Images
5 de 14

A diabetes pode ser dividida em três principais tipos. A tipo 1, em que o pâncreas para de produzir insulina, é a tipagem menos comum e surge desde o nascimento. Os portadores do tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina para manter a glicose no sangue em valores normais

Maskot/ Getty Images
6 de 14

Já a diabetes tipo 2 é considerada a mais comum da doença. Ocorre quando o paciente desenvolve resistência à insulina ou produz quantidade insuficiente do hormônio. O tratamento inclui atividades físicas regulares e controle da dieta

Artur Debat/ Getty Images
7 de 14

A diabetes gestacional acomete grávidas que, em geral, apresentam histórico familiar da doença. A resistência à insulina ocorre especialmente a partir do segundo trimestre e pode causar complicações para o bebê, como má formação, prematuridade, problemas respiratórios, entre outros

Chris Beavon/ Getty Images
8 de 14

Além dessas, existem ainda outras formas de desenvolver a doença, apesar de raras. Algumas delas são: devido a doenças no pâncreas, defeito genético, por doenças endócrinas ou por uso de medicamento

Guido Mieth/ Getty Images
9 de 14

É comum também a utilização do termo pré-diabetes, que indica o aumento considerável de açúcar no sangue, mas não o suficiente para diagnosticar a doença

GSO Images/ Getty Images
10 de 14

Os sintomas da diabetes podem variar dependendo do tipo. No entanto, de forma geral, são: sede intensa, urina em excesso e coceira no corpo. Histórico familiar e obesidade são fatores de risco

Thanasis Zovoilis/ Getty Images
11 de 14

Alguns outros sinais também podem indicar a presença da doença, como saliências ósseas nos pés e insensibilidade na região, visão embaçada, presença frequente de micoses e infecções

Peter Dazeley/ Getty Images
12 de 14

O diagnóstico é feito após exames de rotina, como o teste de glicemia em jejum, que mede a quantidade de glicose no sangue. Os valores de referência são: inferior a 99 mg/dL (normal), entre 100 a 125 mg/dL (pré-diabetes), acima de 126 mg/dL (Diabetes)

Panyawat Boontanom / EyeEm/ Getty Images
13 de 14

Qualquer que seja o tipo da doença, o principal tratamento é controlar os níveis de glicose. Manter uma alimentação saudável e a prática regular de exercícios ajudam a manter o peso saudável e os índices glicêmicos e de colesterol sob controle

Oscar Wong/ Getty Images
14 de 14

Quando a diabetes não é tratada devidamente, os níveis de açúcar no sangue podem ficar elevados por muito tempo e causar sérios problemas ao paciente. Algumas das complicações geradas são surdez, neuropatia, doenças cardiovasculares, retinoplastia e até mesmo depressão

Image Source/ Getty Images

Os pesquisadores usaram a escala Cardiometabolic Disease Staging para prever o risco dos participantes de desenvolver diabetes tipo 2 nos próximos 10 anos. Os participantes da primeira fase que receberam semaglutida apresentaram redução de 61% no risco de desenvolver a doença na década seguinte. Nos voluntários da segunda fase, todos tiveram o risco diminuído durante os quatro meses em que receberam o medicamento. O risco caiu ainda mais nos pacientes que continuaram recebendo semaglutida nos meses seguintes.

“Dadas as taxas crescentes de obesidade e diabetes, a semaglutida pode ser usada efetivamente para reduzir a carga dessas doenças crônicas. Mas o tratamento precisa ser contínuo para manter o benefício”, afirmou o autor principal do estudo na divulgação da apresentação. Ele ainda ressalta que, no início dos testes, os riscos eram maiores em participantes com pré-diabetes do que naqueles com taxas de açúcar no sangue normais, mas ao final, o medicamento reduziu o risco de forma igual em ambos os grupos.

Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSaúde

Você quer ficar por dentro das notícias de saúde mais importantes e receber notificações em tempo real?