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Ozempic ou dieta: o que levar em conta antes de iniciar tratamento?

O medicamento Ozempic virou febre entre as pessoas com sobrepeso, apesar de sua indicação ser para tratar diabetes

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Michal Jarmoluk/Pixabay
Foto mostra homem medindo a própria barriga com uma fita métrica
1 de 1 Foto mostra homem medindo a própria barriga com uma fita métrica - Foto: Michal Jarmoluk/Pixabay

O medicamento Ozempic virou febre entre as pessoas com sobrepeso, apesar de sua indicação ser para o tratamento de diabetes. A medicação age na diminuição da fome, reduz o esvaziamento gástrico e a resistência à insulina, controlando melhor os níveis de açúcar no sangue.

De acordo com o endocrinologista Diego Bandeira, do Hospital DF Star, a semaglutida do Ozempic é um análogo do hormônio GLP-1, que atua aumentando a secreção de insulina no corpo.

Bandeira explica que, alguns macronutrientes, como os carboidratos, as proteínas e as gorduras boas, desencadeiam a secreção de GLP-1. “Escolher alimentos com gorduras boas, como abacate e castanhas, e fontes de proteínas magras, como ovos e cortes de carne com menor teor de gordura, pode otimizar a secreção de GLP-1”, diz o endocrinologista.

Uma dieta saudável e rica em estimulantes de GLP-1 aumenta os níveis do hormônio, promovendo maior sensação de saciedade. No entanto, ao contrário da semaglutida, que têm uma ação prolongada no corpo, o GLP-1 é absorvido muito rapidamente, em cerca de 2 minutos.

O que levar em conta antes de iniciar o tratamento com Ozempic?

O médico Diego Bandeira sugere que o medicamento seja usado apenas por pacientes que tenham dificuldades metabólicas para controlar o açúcar no sangue.

O uso da medicação também não exclui a necessidade da adoção de um estilo de vida saudável, que combine dieta equilibrada e exercícios físicos. “Está provado que o medicamento potencializa a perda de peso e dificulta o reganho, porém cada paciente precisa ser analisado individualmente para a prescrição do remédio”, diz Bandeira.

Antes de tomar a decisão sobre o tratamento “off label” também é importante considerar sintomas colaterais relativamente comuns, como diarreia e náuseas. A possibilidade de reganho de peso – quando se para de tomar as injeções, a sensação de apetite reprimido começa a sumir e a fome volta – também deve ser analisada junto com o médico de confiança.

O endocrinologista Diego Bandeira lembra que a alimentação sempre vai ser a base dos tratamentos contra a obesidade e o sobrepeso. “Existem pessoas que não vão ter benefícios com o Ozempic e vão necessitar de outro método. Independente da forma, a alimentação sempre vai ser a base”, pontua.

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