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Criadora do Ozempic diz não conseguir atender à demanda antiobesidade

CEO da farmacêutica Novo Nordisk admitiu que levará alguns anos para conseguir atender à demanda por remédios da multinacional

atualizado

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Montagem mostra uma série de injeções de ozempic contra um fundo vermelho - Metrópoles
1 de 1 Montagem mostra uma série de injeções de ozempic contra um fundo vermelho - Metrópoles - Foto: Reprodução

A Novo Nordisk, farmacêutica que fabrica medicamentos usados para controle da obesidade, como Ozempic (usado off label) e Wegovy, não tem capacidade para atender à demanda mundial pelos produtos.

Segundo o CEO da multinacional, Lars Fruergaard Jorgensen, a empresa está investindo no aumento da capacidade de fabricação, mas ele acredita que farmacêutica não conseguirá produzir medicamentos suficientes pelos próximos anos.

“É um tratamento contínuo. Você precisa continuar tratando ou o peso voltará. Então, temos de atender a quem já está usando os remédios. Nossos medicamentos ainda não permitem mudar o ponto de ajuste do corpo. O peso não retorna naturalmente sem o tratamento”, argumenta, em entrevista à CNN Internacional.

A farmacêutica produz medicamentos com base na semaglutida, criada inicialmente para o tratamento da diabetes tipo 2. A substância também ajuda na perda de peso, levando à redução de até 15% do peso corporal de seus usuários.

“Tenho a sensação de que pode levar alguns anos até realmente atendermos à demanda que já existe pelos nossos medicamentos. Na verdade, nem sabemos o quão grande pode ser essa demanda, já que muitas pessoas com obesidade querem receber o tratamento”, afirma Jorgensen.

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A perda de peso é um efeito colateral das medicações
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Tanto o Ozempic quanto o Mounjaro são medicamentos para controlar a diabetes

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A perda de peso é um efeito colateral das medicações

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Demora também no Brasil

A dificuldade de fabricação suficiente também afeta o Brasil. O Wegovy, por exemplo, está aprovado pela Anvisa desde janeiro. Ele tem doses maiores de semaglutida, em comparação ao Ozempic, e é direcionado para o tratamento de perda de peso.

A previsão inicial era que a farmacêutica começasse a entregá-lo no segundo semestre deste ano, mas agora já não há data para o lançamento.

Segundo o CEO, os medicamentos serão liberados apenas quando a farmacêutica tiver segurança de que será possível garantir o tratamento contínuo aos pacientes que iniciarem o uso dos remédios. Para isso, a multinacional tem pressa.

“A Novo Nordisk está investindo até US$ 4 bilhões (cerca de R$ 20 bilhões) por ano na expansão de sua capacidade de produção e na operação de todas as suas fábricas 24 horas por dia, 7 dias por semana”, afirma Jorgensen.

Atualmente, o Wegovy está disponível na Noruega, na Dinamarca e nos Estados Unidos. Alemanha e Reino Unido passaram a receber os remédios a partir deste mês.

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