Oxford estuda vacinas contra Covid-19 em comprimido e spray nasal
Equipe acredita que alternativas possam ser mais eficazes na prevenção da doença do que os métodos injetáveis
atualizado
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Os cientistas da Universidade de Oxford responsáveis pelo desenvolvimento da vacina contra Covid-19 estudam agora duas novas abordagens para a prevenção da doença: um spray nasal e comprimidos.
Sarah Gilbert, professora da universidade britânica, disse nessa quinta-feira (25/2), ao Comitê de Ciência e Tecnologia do parlamento inglês, que o desenvolvimento de vacinas de segunda geração poderá substituir as injeções.
Gilbert explicou que, apesar de todas as vacinas atuais aprovadas para o uso contra a Covid-19 – incluindo a de Oxford/AstraZeneca – serem aplicadas no braço, por via intramuscular, o método pode não ser o melhor para proteger as pessoas contra um vírus respiratório.
De acordo com a pesquisadora, as abordagens por comprimido ou spray nasal podem ser mais eficientes contra a doença, uma vez que o Sars-CoV-2 entra no organismo principalmente pelo nariz e boca. As novas vacinas podem preparar as células dessas partes do corpo com anticorpos que impeçam o vírus de se espalhar.
“Queremos que o sistema imunológico esteja ativo no trato respiratório superior e, em seguida, no trato respiratório inferior, que é onde o vírus está causando a infecção”, disse Sarah Gilbert.
Os dois métodos, no entanto, podem demorar mais de um ano para ficarem prontos. Depois de serem desenvolvidos, eles ainda precisarão passar por ensaios clínicos que comprovem a sua segurança e eficácia no combate à doença antes de serem enviados para a aprovação dos órgãos reguladores.
“Ambas são abordagens que estamos começando a avaliar. Eles levarão tempo para serem desenvolvidas”, disse aos parlamentares britânicos.
Veja como é o processo de testes das vacinas: