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Ouvir música favorita ajuda no tratamento de pacientes com Alzheimer

De acordo com pesquisa da Universidade de Toronto, exposição repetitiva à música forma novas rede neurais em pacientes com a condição

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1 de 1 ilustração colorida: idoso com peças de quebra-cabeça na testa - Metrópoles - Foto: Andrew Bret Wallis/Getty Images

Pesquisadores da Universidade de Toronto e da rede de hospitais católicos Unity Health Toronto, no Canadá, conseguiram provar que ouvir repetidamente uma mesma música ajuda a melhorar o funcionamento do cérebro de pacientes com sintomas iniciais de Alzheimer.

A equipe relatou alterações positivas no cérebro de participantes do experimento, notadamente no córtex pré-frontal, o centro de controle do cérebro e onde ocorrem os processos cognitivos mais profundos.

A música contribui para a neuroplasticidade cerebral, formando novas redes de neurônios nos voluntários. A grosso modo, a neuroplasticidade é a capacidade do cérebro de estabelecer novos caminhos para realizar funções que ele já dominava.

“Temos novas provas de que, se a música tem um significado especial para uma pessoa como, por exemplo, a música que ela dançou em seu casamento, ela é capaz de estimular a conectividade neural de forma a manter níveis mais elevados de funcionamento”, disse Michael Thaut, autor do trabalho.

Chave de acesso

Depois de duas semanas ouvindo suas músicas preferidos, os voluntários relataram ganhos em funções relacionadas à memória. “Quer você seja um músico profissional ou nunca tenha sequer tocado um instrumento, a música é uma chave de acesso à sua memória, ao seu córtex pré-frontal”, explicou Thaut.

A pesquisa faz parte de um estudo maior do mesmo grupo de pesquisadores. Os primeiros trabalhos identificaram que o cérebro consegue codificar e preservar memórias musicais em pessoas com declínio cognitivo em fase inicial.

Agora, os pesquisadores planejam replicar o estudo para um grupo maior de voluntários. Eles querem desvendar se é a música ou o conteúdo autobiográfico que provoca as mudanças.

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