Carne dos pobres: conheça a origem do nome da ora-pro-nóbis
Cada vez mais popular, a ora-pro-nóbis veio da África, tem nome de origem religiosa e é conhecida por seu valor proteico
atualizado
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A ora-pro-nóbis está cada vez mais popular. A planta, muito comum na região Centro-Sul do Brasil, é muito usada por suas qualidades nutricionais, mas chama atenção por outro fator: o nome estranho.
O nome ora-pro-nóbis vem de uma expressão em latim que significa “rogai por nós”. As palavras têm origem religiosa e são utilizadas tradicionalmente em orações na religião cristã. A planta foi batizada assim por crescer aos arredores das igrejas, formando uma espécie de cerca viva.
Cientificamente, a ora-pro-nóbis é conhecida como Pereskia aculeata Miller. Segundo a nutricionista Thalita Cáceres, do Hospital da Obesidade, em Salvador, a planta teve seu cultivo inicialmente observado na África do Sul e em Cabo Verde.
“No entanto, não há uma indicação específica de quando o cultivo ocorreu. Sabe-se que ela se adaptou bem nas Américas, especialmente no Caribe, e tornou-se comum em regiões como o Nordeste e Sudeste do Brasil, sendo cultivada em diversas áreas devido ao seu alto valor nutritivo”, destaca Thalita.
A nutricionista acrescenta que a ora-pro-nóbis é da família dos cactos, apesar de ter um crescimento de trepadeira. A planta pode chegar a até 10 metros de altura com o auxílio de estacas — sem elas, o vegetal fica disperso no chão, como uma moita.
Carne dos pobres
O principal nutriente da ora-pro-nóbis é a proteína. Em suas folhas, é possível encontrar 2 gramas do macronutriente a cada 25 g de alimento, o que a torna muito atrativa para os adeptos da dieta sem carne.
A abundância de proteínas na ora-pro-nóbis deu a ela a fama de “carne dos pobres”, uma vez que a planta tem menor custo que o alimento de origem animal. Com o tempo, ela se tornou uma opção nutritiva tanto para pessoas com restrição à carne quanto para as de menor poder aquisitivo.
Como encaixar a ora-pro-nóbis na dieta?
A sugestão da nutricionista Nara Oliveira, da clínica Tivolly, em Brasília, para incluir a ora-pro-nóbis na alimentação é usá-la como tempero ou acompanhada dos alimentos tradicionais que compõem o prato do brasileiro, como arroz e feijão.
Ela pode ser triturada e misturada a receitas de sopas e massas, além de incluída em sucos verdes e chás. Outra sugestão é colocá-la crua na salada. A ora-pro-nóbis não oferece risco à saúde e pode ser consumida com frequência.
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